Justiça determina realização de eleições no estado americano de Wisconsin
Milwaukee, Estados Unidos, 7 Abr 2020 (AFP) - A campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos em novembro foi novamente abalada pela crise do novo coronavírus nesta segunda-feira, quando a justiça do estado de Wisconsin confirmou a realização das primárias previstas para esta terça-feira, adiadas horas antes pelo governador.
O favorito nas primárias democratas para se tornar o adversario do presidente republicano Donald Trump, Joe Biden, havia dito que a decisão de adiar a eleição primária estava nas mãos de autoridades locais. Seu concorrente, Bernie Sanders, pediu o adiamento.
No último capítulo da saga, a Suprema Corte de Wisconsin decidiu anular um decreto do governador Tony Evers, passando as eleições para 9 de junho por razões de saúde pública.
Em uma votação de 4 a 2, o tribunal superior do estado decidiu que o presidente não tinha autoridade para fazer isso unilateralmente.
O governador democrata decidiu suspender a eleição mais cedo "para proteger a segurança do povo de Wisconsin e impedir a disseminação da Covid-19", depois que a Assembleiaa estadual de maioria republicana ignorou seus repetidos pedidos de adiamento no fim de semana.
Os republicanos apelaram da medida do governo junto a Suprema Corte. Os quatro juízes conservadores no tribunal votaram para anular o decreto do governador, enquanto os outros dois juízes progressistas votaram para mantê-lo.
O gabinete do governador não reagiu imediatamente, mas Ben Wikler, presidente do Partido Democrata do Wisconsin, condenou a decisão. Wikler disse que o partido não mobilizaria os eleitores democratas e pediu ao Partido Republicano que fizesse o mesmo.
O confronto político é explicado porque nas eleições de 7 de abril não apenas está em jogo a eleição dos candidatos à presidência, mas também centenas de posições estaduais e locais, como prefeitos, juízes e outras autoridades.
Wisconsin é uma arena política importante para as eleições presidenciais de 3 de novembro.
Em 2016, o estado surpreendeu ao eleger o republicano Donald Trump para a Casa Branca, depois de votar duas vezes em seu antecessor, o democrata Barack Obama.
bur-ad/rsr/lca
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