Pompeo acusa Maduro de censurar informações sobre COVID-19 na Venezuela

Washington, 28 Abr 2020 (AFP) - O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, acusou nesta segunda-feira o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de reprimir os que "dizem a verdade" sobre a pandemia do novo coronavírus no país.

Segundo o departamento de Estado, Pompeo fez a acusação durante um telefonema para o líder parlamentar e opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela pelos EUA e outros 60 países.

"O secretário Pompeo reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com o povo venezuelano e condenou a crescente repressão do regime de Maduro aos atores democráticos da Venezuela e aos médicos e jornalistas que dizem a verdade sobre a resposta à COVID-19", disse a porta-voz Morgan Ortagus.

O governo em Caracas relatou 329 infectados e 10 mortos pelo novo coronavírus, mas a oposição afirma que estes números são muito superiores.

O jornalista venezuelano Darvinson Rojas foi detido em março por questionar os números oficiais sobre a epidemia no país. O repórter foi solto em abril, mas sindicatos de jornalistas e médicos têm denunciado pressão e outras prisões.

Ortagus destacou que tanto Pompeo quanto Guaidó "condenaram energicamente o bloqueio de Maduro à assistência médica e alimentar internacional".

A Venezuela, em quarentena desde meados de março pela epidemia, vive um colapso econômico agravado pela chegada de Maduro ao poder, em 2013, o que já provocou a fuga de quase cinco milhões de pessoas do país.

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