Ataques no Afeganistão matam 37 pessoas, incluindo mães e dois bebês
O Afeganistão vive hoje um dia sangrento, com dois ataques que deixaram pelo menos 37 mortos, um deles em um hospital na capital Cabul, e o outro, durante um funeral em Nangarhar, no leste do país.
Treze pessoas, incluindo dois recém-nascidos, morreram no ataque realizado por homens armados em um hospital de Cabul, anunciou um porta-voz do Ministério do Interior. "O balanço também inclui mães e enfermeiras", declarou Tareq Arian.
Mais de 100 pessoas foram ajudadas pelas forças de segurança afegãs durante uma operação de socorro que levou horas. Na operação, os bebês resgatados foram carregados por homens fortemente armados, embrulhados em cobertores.
O hospital possui uma importante maternidade e está localizado no oeste de Cabul, onde vive a minoria hazara. Eles são alvos frequentes de ataques de militantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques, segundo o Times Of India.
Essa onda de violência no Afeganistão coincide com a crise de saúde do coronavírus, que força a mobilização de militares por todo país para conter a propagação da pandemia. Um pediatra, que conseguiu fugir do hospital, disse à AFP que ouviu uma forte explosão na entrada do estabelecimento.
"O hospital estava cheio de pacientes e médicos, e houve um pânico total", explicou, pedindo para não ser identificado.
A maternidade do hospital é apoiada pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF). A organização confirmou pelo Twitter os ataques. "O Hospital Dasht-e-Barchi em Cabul, onde tem a @MSF maternidade, foi atacado. Explosões e tiros foram relatados. Esforços ainda estão em adamamento para evacuar os pacientes e funcionários", escreveu.
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