Economia francesa contrairá 11% em 2020, segundo o governo
Paris, 2 Jun 2020 (AFP) - O governo francês revisou suas previsões de recessão em 2020 e agora prevê uma queda de 11% no Produto Interno Bruto (PIB), anunciou o ministro da Economia nesta terça-feira.
"Nunca escondi que o mais difícil ainda está por vir", porque "o choque da crise foi extremamente brutal", disse Bruno Le Maire na rádio RTL.
Na semana passada, o instituto de estatística (Insee) anunciou que a queda do PIB seria superior a 8%, porque a recuperação após o desconfinamento será, "na melhor das hipóteses, progressiva no segundo semestre".
No primeiro trimestre, o declínio da atividade atingiu -5,3%, mas o instituto de estatística prevê uma queda de -20% no segundo.
As restrições para enfrentar a pandemia começaram a ser levantadas em 11 de maio, mas a recuperação econômica é lenta.
Nem todos os comércios reabriram e algumas empresas ainda não estão totalmente operacionais devido a interrupções nas cadeias de produção.
Depois de anunciar um plano de emergência de mais de 100 bilhões de euros desde o início da crise, o governo prepara planos específicos para os setores mais afetados.
Estão previstos auxílios de 18 bilhões de euros para o turismo, 8 bilhões para o setor automobilístico e 4,5 bilhões para as administrações públicas locais.
"Tomamos medidas em todos os setores", disse Bruno Le Maire, que alertou, no entanto, que haverá falências e demissões, apesar do dinheiro público.
A montadora Renault já anunciou o corte de 15.000 empregos em todo o mundo, 4.600 deles na França.
Apesar das vozes que pedem aumento do tempo de trabalho, o ministro disse que o principal desafio agora é combater o desemprego.
"É isso que está em jogo na França nos próximos meses, todo mundo trabalhando e tentando conter o desemprego que aumentará", afirmou.
mhc/vac/soe/pc/mb/mr
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