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Campanhas de Trump e Biden são alvo de hackers estrangeiros

Da AFP, em Washington

04/06/2020 21h13

Assessores das campanhas do presidente Donald Trump e seu rival democrata nas eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, Joe Biden, foram recentemente alvo de hackers estrangeiros, disseram pesquisadores do Google hoje.

Pesquisadores da gigante da Internet destacaram preocupações persistentes sobre segurança de dados, na véspera das eleições presidenciais do país.

Um tuíte do chefe de análise de ameaças do Google, Shane Huntley, disse que a empresa alertou a campanha de Biden sobre os esforços de "phishing", um tipo de fraude de informática, vindos da China.

A campanha de Trump recebeu as mesmas tentativas de ataques do Irã, acrescentou.

"Não há sinais de comprometimento. Enviamos aos usuários nosso aviso de ataque ao governo e nos referimos à aplicação da lei federal.

Os incidentes destacam temores sobre a repetição de um roubo de dados devastador em 2016, que envolveu a campanha de Hillary Clinton, e uma operação de influência de longo alcance que, segundo autoridades oficiais dos EUA, foi dirigida pela Rússia.

"Esta é uma revelação importante de possíveis operações de influências cibernéticas, como vimos em 2016", disse Graham Brookie, diretor do Laboratório de Pesquisa Forense Digital do Atlantic Council, em um tuíte.

Brookie disse que a divulgação "é um lembrete necessário, especialmente para campanhas", para que tomem precauções de segurança, incluindo a chamada autenticação de dois fatores para verificar os usuários.

Ele também observou que o Google está oferecendo assistência às campanhas presidenciais e ao Congresso dos EUA para combater a pirataria.

A Microsoft alertou no ano passado que pelo menos uma campanha presidencial estava sendo alvo de uma operação cibernética apoiada pelo Estado iraniano.

Relatórios dizem que o esforço foi direcionado a um membro da equipe da campanha de Trump.

Um grupo que a Microsoft chamou de "Phosphor" tentou identificar contas de email-alvo que incluíam autoridades americanas, jornalistas que cobriam política mundial, iranianos proeminentes que vivem fora do país e uma campanha presidencial.

Equipes de segurança de Facebook, Google, Microsoft e Twitter se reuniram com o FBI, autoridades nacionais de segurança e inteligência no ano passado para discutir a colaboração sobre ameaças eleitorais.