Belarus acusa Rússia de interferência eleitoral; Moscou nega
Moscou, 25 Jun 2020 (AFP) - O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, acusou Rússia e Polônia de tentativa de interferência nas eleições presidenciais de 9 de agosto, afirmações que foram imediatamente negadas por Moscou.
A interferência vem "de dois lados, da Polônia e da Rússia. Vamos falar com o presidente (Vladimir) Putin muito em breve, mas a situação é muito difícil," disse Lukashenko, citado pela agência local Belta.
Ele denunciou o uso das "técnicas mais modernas de falsificação" e a divulgação de "notícias falsas" na internet para prejudicar a reputação de seu governo.
Em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou as acusações e afirmou que os dois presidentes se encontraram na quarta-feira, durante o desfile militar com o qual a Rússia recordou o fim da Segunda Guerra Mundial, e devem participar em uma reunião em 30 de junho.
"A Rússia não interferiu, interfere ou vai interferir em processos eleitorais de outros países, em particular nas eleições de nosso aliado Belarus", disse.
As acusações de Lukashenko coincidem com um aumento da repressão de grupos opositores em Belarus, de acordo com grupos opositores do governo. Na semana passada, 140 pessoas foram detidas durante protestos da oposição.
Lukashenko, de 65 anos, no poder desde 1994, aspira o sexto mandato nas eleições presidenciais de 9 de agosto.
burs/bl/zm/fp
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