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Justiça da Turquia condena ex-dirigentes da AI

03/07/2020 12h05

Istambul, 3 Jul 2020 (AFP) - Um tribunal de Istambul condenou nesta sexta-feira a penas de prisão por atividade "terrorista" quatro ativistas dos direitos humanos, incluindo dois ex-dirigentes da Anistia Internacional na Turquia, informou a ONG.

Taner Kiliç, ex-presidente da Anistia na Turquia, foi condenado a seis anos e três meses de prisão por "integrar um grupo terrorista" e Idil Eser, ex-diretora, a dois anos e um mês por "ajudar uma organização terrorista".

Outros dois acusados foram condenados à mesma pena de prisão que Eser. Sete pessoas, incluindo um alemão e um sueco, foram absolvidas, de acordo com a AI.

O caso passou a ser chamado de "julgamento dos 11 de Istambul" pela Anistia e se tornou um dos símbolos da repressão na Turquia após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho de 2016 contra o presidente Recep Tayyip Erdogan.

Após o fracasso do golpe, o regime iniciou um expurgo em todos os níveis do Estado e da sociedade.

A maioria dos acusados foi detida em 2017, depois de participar de um curso de segurança digital em uma ilha perto de Istambul, que as autoridades classificaram de "reunião secreta"

Um dos condenados, Kiliç, atualmente presidente de honra da AI na Turquia, é acusado de ter integrado o movimento do pregador Fethullah Gülen, apontado por Ancara como o cérebro da tentativa de golpe de 2016.

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