Pandemia avança nos EUA enquanto a Espanha volta a confinar 200.000 pessoas
Washington, 4 Jul 2020 (AFP) - A Espanha ordenou neste sábado o reconfinamento de 200.000 pessoas na Catalunha para novos surtos de coronavírus, enquanto no resto da Europa são as restrições são flexibilizadas. A pandemia continua causando estragos nos Estados Unidos, onde as celebrações nacionais foram limitadas.
Em todo os Estados Unidos, neste 4 de julho, Dia da Independência, as festividades foram ofuscadas: desfiles regulares foram cancelados, celebrações de churrasco foram reduzidas e reuniões de família foram adiadas.
O país registrara 57.683 casos nas últimas 24 horas -um número muito alto pelo terceiro dia consecutivo- e somou mais de 2,7 milhões de casos acumulados. No total, cerca de 130.000 pessoas morreram.
O sul e o oeste do país são os mais atingidos pelo vírus e, segundo o jornal Washington Post, pelo menos 14 estados estão passando por sua pior semana desde o início da pandemia.
A situação obrigou a interrupção da flexibilização das restrições, adotada por alguns estados que voltaram a fechar bares e praias.
Na Europa, o continente mais afetado pela pandemia com quase 200.000 mortos, alguns países voltaram atrás em suas etapas de reconfinamento.
A América Latina já ultrapassou a Europa em número de casos, com 2,8 milhões de infectados. O Brasil, que registra mais de mil mortes diariamente, é o epicentro regional, com mais de 63.000 mortos e 1,5 milhão de casos.
- Reconfinamento -Na Espanha, que havia encerrado o confinamento há duas semanas, as autoridades de saúde ordenaram neste sábado o confinamento de cerca de 200.000 habitantes em Lérida (nordeste da Espanha), devido aos vários surtos de coronavírus registrados nesta região.
"Decidimos confinar a área do Segriá (na cidade de Lérida), com base em dados que confirmam um crescimento bastante significativo do número de casos de COVID-19", declarou à imprensa o presidente da região, o separatista Quim Torra.
Torra afirmou que o confinamento começa às 12h00 (07h00 Brasília) e restringe as entradas e saídas da região. A ministra regional da Saúde, Alba Vergés, disse que estão proibidas as reuniões de mais de dez pessoas, e que visitas às casas de repouso de idosos estão suspensas.
Enquando isso, em Barcelona, a Basílica da Sagrada Família, um dos monumentos mais visitados da Espanha, voltou a abrir suas portas neste sábado depois de mais de três meses, recebendo prioritariamente trabalhadores da saúde, em uma forma de homenagem e agradecimento por seu compromisso durante a pandemia.
A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia com pelo menos 28.385 mortos, já havia reabrido para os cidadãos da UE e do espaço Schengen, além dos britânicos, em 21 de junho.
Em todo o mundo, o coronavírus causou pelo menos 526.663 mortes e infectou mais de 11,1 milhões de pessoas desde que surgiu na China no final do ano passado, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais.
- "Vejam os números" -Com 2,8 milhões de casos, a América Latina já superou a Europa em número de infecções.
O Brasil, que registra mais de mil mortes diariamente, é o epicentro regional, com mais de 63.000 mortes e 1,5 milhão casos. O México é o segundo país mais afetado da região e já está perto de 30.000 mortes.
O Chile, pela primeira vez em quatro meses, lançou um relatório na sexta-feira de "números otimistas", o que indica uma redução no número de infectados e no número de casos ativos. O país tem 288.089 infectados e 6.051 mortes.
Diante dessa situação em que o vírus não desiste, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou seus alertas na sexta-feira e instou os países afetados pela pandemia a "acordarem" e combaterem a doença.
bur-es/af/aa/cc
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