Chilenos vão às ruas por retirada antecipada de fundos de pensão
Vários distúrbios foram registrados na noite de ontem em várias cidades do Chile, depois de uma convocação nas redes sociais para manifestações a favor da retirada antecipada de fundos de pensão que está sendo debatida no Congresso.
Em Santiago, o protesto começou com "panelaços" em diferentes pontos da capital e ficou mais violento, com dezenas de manifestantes provocando incêndios em um supermercado e em uma concessionária de automóveis no bairro da Estação Central, no centro da cidade, onde queimaram mais de uma dúzia de veículos.
Os manifestantes também atearam fogo às barricadas nas ruas e causaram danos materiais às empresas. A Polícia registrou pelo menos 30 detidos, e os incidentes se espalharam para outras cidades. Esse quadro fez lembrar os protestos ocorridos após o surto social no país, em outubro passado.
O protesto aconteceu após um chamado nas redes sociais para defender a retirada antecipada de 10% dos fundos de pensão. O debate segue na Câmara dos Deputados, devido à falta de resposta oficial para atender a classe média.
Esses fundos seriam utilizados para auxiliar os afiliados ao sistema de seguridade social, a fim de enfrentar a crise econômica causada no Chile pelo novo coronavírus.
Os deputados votam nesta quarta-feira a favor ou contra essa medida, que determinará se ela vai para o Senado.
O presidente Sebastián Piñera se opôs a essa iniciativa e alertou que isso prejudicará as aposentadorias dos chilenos. Para conter sua aprovação legislativa, o presidente anunciou novas medidas na terça-feira, dentro de um plano de apoio à classe média, fortemente afetada pela pandemia.
Piñera concedeu um bônus de transferência direta de cerca de US$ 630 para trabalhadores de classe média, ou desempregados que tivessem um certo nível de renda formal antes da pandemia, além de um crédito solidário de até US$ 2.400, adiamento do aluguel e créditos estudantis.
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