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La Paz inicia quatro dias de isolamento total para conter pandemia

15/07/2020 21h16

La Paz, 16 Jul 2020 (AFP) - O departamento boliviano de La Paz cumprirá a partir desta quinta-feira (16) uma quarentena obrigatória total de quatro dias para frear a contaminação da COVID-19, anunciou nesta quarta-feira (15) o comitê regional de emergência.

O fechamento da região, sede dos poderes Executivo, Legislativo e Eleitoral da Bolívia, foi decidido para que, "em quatro dias, o sistema de saúde se reorganize" e se tenha "um espaço para evitar que a sequência de contaminações siga crescendo", declarou o prefeito metropolitano, Luis Revilla.

A medida, que já havia sido colocada em prática em La Paz entre março e junho, envolverá a suspensão de todas as atividades no setor público e empresas, assim como dos serviços de transporte público. As aulas já estão suspensas em todos os níveis.

A região de La Paz respeitava desde junho uma quarentena flexível, que substituiu um isolamento nacional imposto em março, quando foi decretada a emergência sanitária devido à pandemia.

La Paz, com 2,9 milhões de habitantes, registra 7.402 dos 50.867 casos de infecção em todo o país, de acordo com o último balanço epidemiológico publicado na terça-feira.

De acordo com a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, que foi afetada por um quadro assintomático de coronavírus, "o pico da pandemia está subindo".

Seis ministro de Áñez também deram positivo para o novo coronavírus neste mês, assim como a presidente da Assembleia Legislativa, Eva Copa, do partido do ex-presidente Evo Morales.

O ministério do Trabalho publicou nesta quarta-feira uma resolução que ordena a "suspensão de atividades públicas e privadas" a partir do feriado desta quinta-feira em La Paz, em comemoração à data do início da revolução emancipadora de 1809 contra os colonizadores espanhóis.

Durante o confinamento, está proibida a circulação de pedestres e veículos, com exceção dos funcionários da saúde e de agentes de segurança.

As autoridades temem a possibilidade do país chegar a 100.000 infectados e entre 4.000 e 7.000 mortes até o fim de julho caso a pandemia não for contida.

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