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Senado americano aprova projeto da Defesa que inclui mudança de nome de bases militares

23/07/2020 22h41

Washington, 24 Jul 2020 (AFP) - O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (23) um projeto de lei que outorga 740,5 bilhões de dólares ao Pentágono, fixa as prioridades do Departamento de Defesa e inclui uma disposição para mudar o nome de bases militares que homenageiam pró-escravagistas.

A versão do Senado da Lei de Autorização de Defesa Nacional para gastos críticos foi aprovada com 86 votos a favor e 14 contra.

O resultado, alcançado com o apoio de membros do Partido Republicano, majoritário no Senado, superou os dois terços necessários para impedir um veto do presidente Donald Trump, que havia ameaçado bloquear o projeto devido ao plano de mudar os nomes das bases militares.

A iniciativa era apoiada pelos movimentos contra a brutalidade policial e a injustiça racial, que questionam o fato das bases, símbolos americanos fora do país, terem nomes de pessoas que perpetuaram as diferenças raciais e a escravidão nos Estados Unidos no passado.

A Câmara de Representantes, de maioria democrata, aprovou sua própria versão do projeto, que também inclui uma disposição para modificar o nome de bases americanas que homenageiam os generais confederados que lutaram do lado pró-escravagista da Guerra Civil (1861-1865).

O voto da Câmara dos Deputados também superou com folga os dois terços necessários para impossibilitar um veto presidencial.

As duas Câmaras negociarão agora um compromisso em relação ao projeto de lei, um processo que poderá levar.

A autorização para o orçamento da Defesa é aprovado anualmente no Congresso americano desde 1961.

A versão do Senado deste ano inclui um aumento salarial de 3% para as tropas e uma iniciativa do Pacífico para dissuadir qualquer agressão da China.

A lei "brinda nossos militares com o pessoal, a equipe, o treinamento e a organização necessários para (...) frustrar qualquer adversário que tente nos ferir", declarou o presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado, o republicado James Inhofe, em comunicado.

"Não quero uma briga justa, quero ser superior, e este projeto de lei alcança isso", completou.

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