Reino Unido revela plano para combater a obesidade
Londres, 27 Jul 2020 (AFP) - Limitar os anúncios de fast-food, detalhar as calorias dos cardápios e andar de bicicleta por prescrição médica são algumas das medidas do plano do governo britânico contra a obesidade anunciado nesta segunda-feira (27), depois que um estudo apontou a obesidade como um agravante da COVID-19.
"Sabemos que a obesidade aumenta o risco de doenças graves e de morte por coronavírus, por isso é fundamental que tomemos medidas para melhorar a saúde de nossa nação e proteger o NHS", o sistema nacional de saúde britânico, declarou o ministro da Saúde, Matt Hancock, em comunicado.
A campanha "Com melhor saúde", lançada pelas autoridades de saúde britânicas, "incentivará as pessoas a adotarem um estilo de vida mais saudável e a perder peso quando necessário", afirmou a instituição em um comunicado, acrescentando que deseja combater "a bomba-relógio que é a obesidade".
As medidas anunciadas nesta segunda incluem a proibição da televisão e publicidade online de comida não saudável antes das 21h00, "quando é mais provável que as crianças estejam expostas a ela", assim como a obrigação de restaurantes e redes de delivery com mais de 250 funcionários a informarem o número de calorias em seus menus.
Os supermercados também terão que acabar com os descontos em comidas não saudáveis e não poderão colocar esses produtos "em locais importantes de seus estabelecimentos, como na frente das caixas registradoras ou na entrada".
"Quando você faz uma compra, é justo que tenha acesso às informações adequadas sobre a comida que come, para ajudar as pessoas a tomarem as decisões corretas", estimou Hancock.
- Prescrever andar de bicicleta - Também serão ampliados os serviços do NHS dedicados à perda de peso e os clínicos gerais poderão a "prescrever exercícios físicos" aos pacientes, como andar de bicicleta.
O plano foi divulgado depois que um estudo da PHE revelou, no sábado, que pessoas obesas têm um risco adicional de 40% de morrer pelo coronavírus.
Representa um giro de 180 graus para o primeiro-ministro Boris Johnson, que já havia se declarado contra "impostos sobre nossos pecados" e uma abordagem "materna" do Estado.
Johson foi internado em abril na UTI depois de contrair a COVID-19, e em várias ocasiões atribuiu a gravidade de seus sintomas ao seu peso, entre outras coisas.
O governo não deu detalhes sobre como financiará o plano. O jornal britânico The Guardian calcula o custo das medidas em 10 milhões de libras (11 milhões de euros, 12,8 milhões de dólares).
No Reino Unido, quase dois terços (63%) dos adultos estão acima de um peso considerado saudável, com 36% em sobrepeso e 28% obesos, segundo dados do governo. Uma em cada três crianças entre 10 e 11 anos também tem sobrepeso ou obesidade.
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