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Pompeo promete proteção aos ativistas exilados de Hong Kong

04/08/2020 21h41

Washington, 5 Ago 2020 (AFP) - O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, prometeu nesta terça-feira (4) proteger os militantes pró-democracia exilados de Hong Kong, depois que Pequim anunciou que a polícia da ex-colônia britânica autorizou a prisão de ativistas no exterior.

"O Partido Comunista chinês não pode tolerar o pensamento livre do seu próprio povo, e tenta ampliar cada vez mais seu alcance fora das fronteiras chinesas", disse Pompeo em comunicado.

"Os Estados Unidos e as outras nações livres continuarão protegendo nossos povos do grande autoritarismo de Pequim", acrescentou.

A imprensa estatal chinesa informou na última sexta-feira que a polícia de Hong Kong ordenou a prisão de seis ativistas pró-democracia que se encontram exilados, por serem suspeitos de violar as regras da nova lei de segurança.

Um dos ativistas procurados, Samuel Chu, líder do Conselho de Democracia de Hong Kong que tem como sede Washington, escreveu em seu Twitter que possui cidadania americana há 25 anos.

Também consta na lista Nathan Law, de 27 anos, um dos militantes de maior destaque na lista dos procurados, que recentemente se instalou no Reino Unido e considerou as alegações contra ele como sendo falsas.

A polícia de Hong Kong se recusou a comentar as acusações apresentadas. O embaixador da China nos EUA, Cui Tiankai, porém, pareceu confirmar e defendê-las.

"Todas essas ações de aplicação da lei são tomadas de acordo com as regras", disse Cui em resposta a uma pergunta durante um fórum de segurança. "Se violaram a lei, devem ser punidos. Isso é tudo. Não importa que ponto de vista político eles tenham."

No final de junho, Pequim impôs uma lei de segurança nacional que proíbe qualquer dissidência em Hong Kong, o centro financeiro que no último ano foi palco de grandes protestos pró-democracia que por vezes se tornaram violentos.

Os Estados Unidos denunciaram essa lei e declararam o encerramento do status especial que concediam a Hong Kong, uma ex-colônia britânica que tinha certas liberdades garantidas por Pequim, de acordo com o anunciado ao recuperar a soberania sobre esse território autônomo em 1997.

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