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Tribunal moscovita condena jovens por conspiração para derrubar Putin

06/08/2020 13h13

Moscou, 6 Ago 2020 (AFP) - Um tribunal de Moscou condenou três jovens ativistas, nesta quinta-feira (6), a longas penas de prisão por conspirarem para derrubar o presidente Vladimir Putin - um caso que gerou protestos e acusações de excessos policiais.

Em 2018, a polícia prendeu dez pessoas, acusando-as de serem membros de uma célula anarquista chamada "Nova Grandeza", que tramava um levante contra o governo.

Os apoiadores deste grupo afirmam que o caso foi fabricado pelos serviços de segurança (FSB) e que alguns agentes se infiltraram na célula, financiaram operações e forçaram seus membros a alugarem um escritório e a criarem estatutos.

O conhecido grupo russo de direitos humanos Memorial designou esses jovens como presos políticos.

Um magistrado de Moscou condenou Ruslan Kostylenkov, de 27, a sete anos de detenção em uma colônia penal; Piotr Karamzin, de 34, a 6,5 anos; e Viasheslav Kriukov, de 22, a seis anos, pela criação de um grupo extremista.

Os três estavam em detenção provisória desde março de 2018.

Outros quatro membros do grupo foram condenados a sentenças em suspenso que variavam de 4 a 6,5 anos pela mesma acusação.

A polícia também prendeu pelo menos três pessoas que protestavam contra esse julgamento, do lado de fora do tribunal. Um manifestante vestido de policial cortou a garganta de um manequim e, na sequência, foi agredido pelos agentes.

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