Estado mais afetado pelo coronavírus na Austrália consegue frear a epidemia
Melbourne, 12 Ago 2020 (AFP) - O estado australiano de Victoria, que era o mais afetado pelo coronavírus, parece ter conseguido conter a epidemia após uma semana de medidas mais restritivas, anunciaram nesta quarta-feira as autoridades.
O primeiro-ministro de Victoria, Daniel Andrews, anunciou 410 novos casos de COVID-19 e 21 mortes - o maior balanço de vítimas fatais na Austrália em apenas um dia desde o início da epidemia -, mas afirmou que o estado "certamente" parece estar achatando a curva de contágios.
"Se você observa a média dos últimos sete dias, estamos vendo (os números caindo", afirmou em uma entrevista coletiva.
O estado registrou cerca de 400 novos casos diários durante quatro dias consecutivos, o que permite pensar que a epidemia, cujo epicentro está em Melbourne, foi contida. Os números superaram 700 nas semanas anteriores.
Na semana passada, as autoridades determinaram um toque de recolher noturno e o fechamento de estabelecimentos comerciais considerados não essenciais até pelo menos 13 de setembro em Melbourne, a segunda maior cidade do país. São as medidas mais restritivas desde o início da epidemia.
Andrews destacou, porém, que o número de contágios pode voltar a aumentar e que tudo depende do respeito às medidas de confinamento.
O coronavírus provocou muitos danos nas casas de repouso do estado de Victoria, nas quais mais de 100 pessoas morreram desde o início de agosto e quase 2.000 foram infectadas.
Na maioria das regiões da Austrália, as restrições foram flexibilizadas e poucos casos de coronavírus foram registrados.
Apenas o estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso, contabilizou um número importante de infecções, depois que um homem contagiado em Melbourne compareceu a um pub muito frequentado de Sydney.
A primeira-ministra Gladys Berejiklian declarou que o estado permanece em "estado de alerta" e pediu aos moradores que usem máscara nos espaços públicos.
Desde o início da pandemia, a Austrália registra 22.000 casos e 352 mortes, em um país de 25 milhões de habitantes.
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