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Itália e China fecham acordos comerciais

25/08/2020 16h03

Roma, 25 Ago 2020 (AFP) - O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, iniciou nesta terça-feira (25) na Itália uma visita a cinco países europeus, durante a qual foram assinadas dois novos acordos comerciais.

Os acordos foram firmados pelo chanceler italiano, Luigi Di Maio, e o representante chinês, e dizem a respeito ao fornecimento de gás natural chinês e à exportação de produtos alimentícios "Made In Italy" para a China.

"Foram preparadas outras associações importantes no setor de energia e transporte", afirmou Di Maio em coletiva de imprensa.

Roma é a primeira escala de uma viagem de cinco dias do chanceler Wang, que passará por Holanda, França, Alemanha e Noruega.

Esta é a primeira viagem do ministro das Relações Exteriores fora da China após o surto do novo coronavírus.

"Uma Europa unida, estável e próspera é mais importante para o mundo inteiro", comentou Wang durante uma conferência de imprensa. Ele também disse que deseja "consolidar" as relações entre a União Europeia e a China.

A relação tem sofrido "provocações e danos infligidos por forças externas", lamentou o diplomata, sem mencionar os Estados Unidos.

Em março de 2019, os governos da Itália e da China firmaram um memorando de entendimento "não vinculante" para selar a entrada da Itália nas "novas rotas da seda".

A Itália se tornou o primeiro país-membro do G7 a fazer parte desse faraônico projeto de infraestrutura marítima e terrestre lançado por Pequim em 2013.

No total, foram fechados 29 contratos ou memorandos de entendimento, que representam "2,5 bilhões de euros de um potencial total de 20 bilhões".

O tema da repressão em Hong Kong também foi abordado durante os debates bilaterais. O ativista de Hong Kong, Nathan Law, que fugiu de seu país no início de agosto, chegou à capital italiana na terça-feira para pedir ao governo italiano que condene os abusos aos direitos humanos cometidos na China.

Law pediu sanções contra os funcionários chineses responsáveis dos abusos contra a população na China.

Diante da imprensa, Luigi Di Maio reiterou que a Itália considera "a estabilidade e a prosperidade de Hong Kong como essenciais".

O representante chinês reconheceu que tratou do assunto com o ministro italiano das Relações Exteriores com um espírito de "não interferência".

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