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Furacão Sally toca o solo na costa sul dos Estados Unidos

15.set.2020 - Moradores caminham em via costeira horas antes de o furacão Sally atingir os Estados Unidos, em Pascagoula, Mississippi - Chandan Khanna/AFP
15.set.2020 - Moradores caminham em via costeira horas antes de o furacão Sally atingir os Estados Unidos, em Pascagoula, Mississippi Imagem: Chandan Khanna/AFP

Em Miami (EUA)

16/09/2020 07h08

O furacão Sally tocou o solo na madrugada de hoje, no estado do Alabama, na costa sul dos Estados Unidos, com a previsão de provocar inundações "históricas" e potencialmente fatais, de acordo com os meteorologistas.

O Centro Nacional de Furacões (NHC) informou que áreas costeiras do Alabama, Mississippi e Flórida estão ameaçadas pelo furacão, que subiu para categoria 2 — em uma escala de 5 — na madrugada de hoje e registra ventos de até 160 km por hora.

"É possível que Sally produza inundações históricas", alertou o centro com sede em Miami. Em algumas áreas, o fenômeno poderia descarregar até 50 centímetros de chuvas.

"Acreditamos que Sally se tornará um furacão perigoso ao tocar o solo", advertiu a meteorologia.

Sally, que se formou no sul da Flórida, onde produziu chuvas intensas no fim de semana, é um dos cinco ciclones atualmente ativos no Atlântico, um fenômeno registrado apenas uma vez antes, em setembro de 1971, segundo os meteorologistas.

A governadora do Alabama, Kay Ivey, explicou aos residentes do estado que, embora o furacão tenha perdido um pouco de força, "não se pode achar a salvo".

"Veremos inundações recordes que talvez superem níveis históricos. E com essa maior quantidade de água, virão maiores riscos de perdas de vidas e propriedades", disse a governadora.

O presidente Donald Trump comparou, em declarações ao canal Fox, Sally com o furacão Laura, que atingiu o Texas e Louisiana, assim como o Caribe, há apenas algumas semanas.

"Este é menor mas um pouco mais direto, mas temos tudo sob controle", afirmou. "Estamos vigiando muito rigorosamente".

Ele também disse no Twitter que "minha equipe e eu estamos monitorando o extremamente perigoso furacão Sally".

"Estamos em contato direto com os Líderes Estaduais & Locais para ajudar as grandes cidades do Alabama, Louisiana e Mississipi", acrescentou, pedindo às pessoas que vivem no caminho do furacão que atendam às autoridades.

"Mantenham-se a salvo"

Alabama e Mississipi também declararam estado de emergência.

Tate Reeves, governador do Mississipi, afirmou que "as projeções de ondas ciclônicas continuam preocupantes, com tempestades costeiras entre cinco e oito pés (1,5 a 2,4 metros)", escreveu Reeves.

"Continuamos muito preocupados com a quantidade de chuva", acrescentou, destacando que algumas áreas podem receber até 50 centímetros.

O governador de Louisiana, John Bel Edwards, cujo estado ainda não se recuperou do impacto do furacão Laura de categoria 4, pediu aos moradores que estejam preparados.

"Sejam inteligentes e mantenham-se a salvo", tuitou.

Sem nomes

Foram tantas as tempestades tropicais no Atlântico este ano que a Organização Meteorológica Mundial da ONU, responsável por nomeá-las, está prestes a ficar sem nomes pela segunda vez na história.

A última vez foi em 2005, ano em que o furacão Katrina devastou Nova Orleans.

Os outros são o furacão Paulette, as tempestades tropicais Teddy e Vicky e a depressão tropical Rene.

Paulette chegou na ilha das Bermudas na segunda-feira com ventos de categoria 2 e fortes chuvas, segundo o NHC.

Desse modo, o centro espera que Teddy se torne furacão.