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Putin convida chanceleres de Armênia e Azerbaijão para irem a Moscou

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em cerimônia virtual de inauguração de centros médicos - Alexei Druzhinin/TASS via Getty Images
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em cerimônia virtual de inauguração de centros médicos Imagem: Alexei Druzhinin/TASS via Getty Images

08/10/2020 19h54

O presidente russo, Vladimir Putin, convidou os chanceleres da Armênia e do Azerbaijão a irem a Moscou nesta sexta-feira para negociações de paz e pediu a suspensão dos combates na região separatista de Nagorno Karabakh por motivos humanitários, anunciou o Kremlin na noite desta quinta (8).

"Em 9 de outubro, os ministros das Relações Exteriores do Azerbaijão e da Armênia estão convidados a Moscou para consultas" com a mediação da diplomacia russa, afirmou o Kremlin em um comunicado.

"O presidente da Rússia pede para parar os combates em Nagorno Karabakh por razões humanitárias para trocar os corpos dos mortos e prisioneiros", acrescentou o Kremlin, que especificou que Putin conversou com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e com o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan.

No momento, Yerevan e Baku não reagiram ao anúncio e não ficou claro se os dois chefes da diplomacia de ambos os países aceitaram o convite de Moscou.

O ministro das Relações Exteriores do Azerbaijão, Ceyhun Bayramov, esteve em Genebra para se reunir com o grupo de Minsk (Rússia, França, Estados Unidos), encarregado da mediação internacional neste antigo conflito de mais de 30 anos.

O chefe da diplomacia armênia será recebido em Moscou na segunda-feira por seu homólogo russo, Serguei Lavrov.

Desde 27 de setembro, separatistas armênios da autoproclamada República de Nagorno Karabakh e forças do Azerbaijão entraram em confronto novamente neste enclave. O saldo oficial é de 300 a 400 mortos, cerca de cinquenta deles civis.

Esse balanço, no entanto, é muito tendencioso e pode ser muito maior, já que cada lado afirma ter eliminado milhares de soldados inimigos.

Até agora, vários pedidos de trégua da comunidade internacional foram em vão.