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Promotora de Atenas pede para manter neonazistas do Aurora Dourada em liberdade condicional

19/10/2020 12h38

Atenas, 19 Out 2020 (AFP) - A promotora do tribunal penal de Atenas pediu, nesta segunda-feira (19), a liberdade condicional, à espera de recurso, do chefe e seis membros do partido grego neonazista Aurora Dourada, condenados a entre 10 e 13 anos de prisão por "liderar uma organização criminosa".

"O tribunal deve aceitar o efeito suspenso do recurso dos condenados" pois "até agora não violaram [sua] liberdade condicional", declarou a promotora Adamantia Economou.

Economou pediu aos três juízes do tribunal a manutenção em liberdade de cerca de cinquenta membros do Aurora Dourada, condenados em 7 de outubro após cinco anos e meio de julgamento, exceto para Yorgos Roupakias, condenado à prisão perpétua por ter matado um rapper antifascista em setembro de 2013.

A mesma promotora já havia solicitado a absolvição dos líderes do Aurora Dourada em dezembro do ano passado.

Desse modo, o tribunal penal decidirá na terça ou quarta-feira a prisão imediata ou não do chefe Nikos Michaliakos e de outros seis membros do partido neonazista condenados por liderarem uma "organização criminosa", assim como dezenas de outros membros do partido condenados por "pertencer" a tal organização.

A promotora provocou uma onda de protestos entre a parte civil, alguns partidos de esquerda e o movimento antifascista.

"Os nazistas na prisão, não ao retorno da impunidade", proclamou o movimento antifascista KEERFA em um comunicado, no qual chamou a proposta da promotora de "presente aos neonazistas".

"Aurora Dourada foi condenado porque prejudicava as instituições democráticas", disse Panayiotis Sapountzakis, um dos advogados da parte civil, citado pela agência de notícias grega ANA.

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