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Após escândalos, família real belga diz que é hora da reconciliação

27/10/2020 13h56

Bruxelas, 27 Out 2020 (AFP) - A família real belga anunciou na terça-feira que chegou a hora da reconciliação após anos de amargas batalhas judiciais, com o reencontro do ex-rei Albert II com sua filha extraconjugal e agora a princesa Delphine de Saxe-Coburg.

O palácio real de Bruxelas surpreendeu a todos na terça-feira ao divulgar uma carta assinada pelo ex-monarca e sua esposa, a ex-rainha Paola, e pela agora princesa Delphine, acompanhada de uma fotografia em que os três podem ser vistos em uma sala do castelo de Belvedere, em Laeken.

Na mensagem conjunta, Albert II e Delphine destacam que depois da guerra nos tribunais "chegou o momento do perdão, da cura e a reconciliação".

O palácio real divulgou uma fotografia de ambos, acompanhados pela esposa del Albert II, a ex-rainha Paola.

"No domingo, 25 de outubro, um novo capítulo foi aberto, repleto de emoções, tranquilidade, compreensão e também de esperança", afirma a nota, assinada por "Delphine, Paola e Albert".

O encontro aconteceu no castelo de Belvedere, em Laeken, Bruxelas.

A agora princesa Delphine e o ex-monarca belga (pai do atual rei, Philippe) foram protagonistas de uma amarga batalha legal que se arrastou durante anos, até que em 2019 um tribunal belga obrigou Albert II a fazer um exame de DNA.

Delphine nasceu em fevereiro de 1968, fruto da longa relação (1966-1984) entre a baronesa Sibylle de Sélys Longchamps e Albert, que na época era o príncipe herdeiro da coroa belga e estava casado com a italiana Paola Ruffo di Calabria.

Albert assumiu o trono da Bélgica em 1993, com o nome Albert II, e sua esposa se tornou a rainha Paola. O monarca abdicou em 2013, em favor do filho mais velho, Philippe.

Os boatos de Delphine era filha do rei começaram a circular com insistência em 1997. Depois de estudar no Reino Unido e Suíça, a jovem Delphine Boel se tornou uma reconhecida artista plástica e escultora.

Albert e Paola, que tem respectivamente 86 e 83 anos, tiveram três filhos: Philippe, nascido em 1960, que subiu ao trono em 2013, a princesa Astrid (nascida em 1962) e o príncipe Laurent (1963).

O caso chegou aos tribunais em 2013 devido, segundo Delphine, à recusa do ex-rei a admitir a paternidade ou inclusive ajudar a baronesa Longchamps.

No fim de 2019, um tribunal belga obrigou Albert II a submeter-se a um exame que, em janeiro de 2020, confirmou a paternidade.

No início de outubro, a justiça concedeu à filha o título de "Alteza Real Delphine de Saxe-Coburgo".

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