Covid-19: várias vacinas devem ser aprovadas em 2021, diz cientista britânico
Um renomado assessor cientista do governo britânico afirmou nesta terça-feira (10) esperar que no início de 2021 várias vacinas sejam aprovadas contra o coronavírus e a vida poderá começar a voltar à normalidade para as férias da Semana Santa.
Não se deve "subestimar" a importância do anúncio feito na segunda-feira pela gigante farmacêutica americana Pfizer de que sua vacina é eficaz, disse em uma comissão parlamentar John Bell, professor de medicina da Universidade de Oxford e membro do Grupo de Assessoria Científica para Emergências (SAGE).
"Há muitos patógenos para os quais buscamos uma vacina eficaz durante décadas e não encontramos nenhuma", afirmou, acrescentando que embora "todos presumissem que alguém iria produzir uma vacina" contra o coronavírus, isso "não era certo", então o anúncio da Pfizer é "um grande avanço".
E faz pensar que outras vacinas potenciais baseadas em princípios semelhantes podem resultar igualmente eficazes, afirmou.
"Não me surpreenderia se chegássemos ao novo ano com duas ou três vacinas que possam ser distribuídas", disse ele.
Segundo Bell, há 70% ou 80% de chance de "que haja suficientes vacinas no primeiro trimestre do próximo ano, para que na primavera (boreal) as coisas comecem a parecer muito mais normais".
Com a condição, enfatizou ele, de que a distribuição seja feita corretamente.
A Pfizer anunciou que os ensaios da vacina que desenvolve com a BioNTech, nos quais participaram mais de 40.000 pessoas, tiveram uma eficácia de 90%.
Este é um dos 10 projetos em fase avançada em todo o mundo que estão apresentando resultados promissores.
O governo britânico reservou 40 milhões de doses da vacina da Pfizer que, segundo Bell, pode receber a aprovação dos reguladores nas próximas semanas.
"Estamos falando de meados de dezembro, quando acredito que deveríamos estar prontos para administrar esta vacina", estimou.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comemorou a notícia na segunda-feira, mas alertou que ainda é "muito, muito cedo" e que a vacinação no Reino Unido "ainda está longe".
O ministro da Saúde, Matt Hancock, afirmou nesta terça-feira que pediu ao Serviço Nacional de Saúde britânico que se prepare para começar a distribuir a vacina no início de dezembro.
O governo planeja priorizar "as pessoas que vivem em lares de idosos e aqueles que cuidam deles, os profissionais da saúde e assistentes sociais, para depois descer de acordo com as faixas etárias", destacou.
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