Governo argentino acusa de 'conspiração' grupo de militares reformados
Buenos Aires, 12 Nov 2020 (AFP) - O ministro argentino da Defesa, Agustín Rossi, acusou nesta quinta-feira (12) o pessoal reformado das Forças Armadas, da Segurança e policiais que formaram uma "mesa de reunião", de se organizar para "conspirar e desestabilizar" o governo do presidente de centro-esquerda Alberto Fernández.
"É um ato absolutamente inédito na vida democrática do país. A apresentação de uma mesa de reunião é para disputar a liderança militar. Eles se apresentam como uma alternativa à liderança militar oficial, que são os chefes das Forças Armadas designados pelo comandante-em-chefe, que é o presidente da Nação", declarou Rossi à rádio AM750.
Pela primeira vez desde a recuperação da democracia, em 1983, um grupo de militares reformados formaram uma "Mesa de reunião".
Entre seus objetivos, apresentados em um manifesto citado pela imprensa local, o grupo de militares se propõe a participar do debate público sobre a "problemática da Defesa Nacional e a Segurança Pública", embora a ordem interna na Argentina não seja competência das Forças Armadas.
"Claramente é uma ação que busca conspirar, desestabilizar e tenta questionar o papel da política de defesa levada adiante pelo governo", alertou o ministro, que é um civil.
Estela Carlotto, presidente da organização de defesa dos direitos humanos Avós de Praça de Maio, se declarou "preocupada e indignada" com a iniciativa, em um país onde a última ditadura (1976-83) deixou 30.000 desaparecidos, segundo organizações humanitárias.
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