EUA condena 'repressão cruel' de Cuba a manifestantes contra prisão de ativista
Washington, 24 Nov 2020 (AFP) - O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, condenou nesta terça-feira (24) a "repressão cruel" do governo cubano aos manifestantes contrários à prisão de um ativista e rapper, e pediu sua libertação "sem condições".
"O governo dos Estados Unidos condena veementemente o assédio do regime cubano a ativistas que protestam pacificamente contra a prisão do defensor dos direitos humanos Denis Solís González", disse Pompeo.
"Instamos o governo cubano a rejeitar esta sentença injusta e libertá-lo incondicionalmente", acrescentou, em um comunicado intitulado: "A cruel repressão do regime cubano contra os manifestantes pacíficos".
Solís González, músico integrante do Movimento San Isidro (MSI), foi detido em 9 de novembro e condenado a oito meses de prisão pela acusação de "desacato" à autoridade.
O MSI reúne artistas que reivindicam mais liberdade de expressão. O coletivo foi criado na Havana Velha em 2018, em resposta a um polêmico decreto oficial que obriga os artistas a se profissionalizarem e se vincularem ao Ministério da Cultura.
A prisão de Solís González gerou a partir de 16 de novembro o protesto de uma dezena de membros do MSI, que no sábado foram apoiados pelas quatro principais organizações da oposição cubana: Unión Patriótica de Cuba (Unpacu), Cubadecide, Damas de Blanco e Mesa de Unidad de Acción Democrática.
Em seu depoimento, Pompeo apontou a prisão de "dezenas de jornalistas e defensores dos direitos humanos" que buscavam informações sobre Solís González, além de bloqueios na sede do MSI e ataques a dissidentes.
Os Estados Unidos continuarão a denunciar os "abusos flagrantes" contra os cubanos que exercem seus direitos, afirmou, conclamando "os parceiros democráticos ao redor do mundo a levantarem suas vozes e fazerem do respeito pelos direitos humanos um pré-requisito para qualquer negociação com o regime de Castro ".
O governo cubano não reconhece legalmente nenhum movimento de oposição e os considera "mercenários" a serviço de Washington.
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