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Bogotá decreta toque de recolher devido à final do futebol colombiano em meio à pandemia

27/12/2020 17h49

Bogotá, 27 dez 2020 (AFP) - A prefeitura de Bogotá decretou o toque de recolher no domingo à noite e proibiu o consumo de bebidas alcoólicas devido à final do futebol colombiano que será disputada na capital em meio à pandemia.

"Convidamos todos os torcedores (...) a curtirem em casa, com medidas de biossegurança, de forma pacífica e sem aglomerações", o jogo entre Santa Fé e América de Cali, da capital, declarou a prefeita Claudia López.

A partir da meia-noite e até às 16h de segunda-feira "haverá uma restrição geral de mobilidade", disse López.

Além disso, o consumo e a venda de bebidas alcoólicas foram proibidos do meio-dia às 18h de segunda-feira.

O serviço de transporte coletivo será suspenso a partir das 18h00 locais (20h pelo horário de Brasília), quando o estádio El Campín, em Bogotá, receberá uma inédita final do campeonato colombiano sem a presença do público.

A cidade de quase oito milhões de habitantes é o principal foco de infecções por covid-19 no país, com mais de 28% do total de casos registrados.

"Estamos em um momento de pandemia, em um momento difícil em que não podemos baixar a guarda", disse a prefeita.

No dia anterior, houve uma grande festa de boas-vindas à equipe de Cali na capital colombiana.

Os 'diablos rojos' (diabos vermelhos) vão entrar em campo no jogo de volta com uma vantagem depois de vencer por 3 a 0 no último domingo no estádio Pascual Guerrero, em Cali.

A última vez que houve um toque de recolher em Bogotá foi em novembro de 2019, após tumultos e temores de supostos roubos a residências que se seguiram a um protesto massivo contra o governo de Iván Duque.

Medidas semelhantes estão sendo aplicadas nas principais cidades da Colômbia afetando mais de 15 milhões de pessoas, em meio ao aumento na velocidade de contágio do novo coronavírus devido às festividades de dezembro.

O país sul-americano com 50 milhões de habitantes é o segundo com mais infecções por covid-19 na região (de um total de 1,5 milhões) e o quarto com o maior número de óbitos (41.900).

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