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Chile tem mais de 3.300 inscritos para elaborar a nova Constituição

12/01/2021 00h17

Santiago, 12 Jan 2021 (AFP) - Mais de 3.300 candidatos se inscreveram oficialmente nesta segunda-feira (11) para se apresentarem como constituintes da redação de uma nova Carta Magna no Chile, processo que abre um ano eleitoral repleto de comparecimentos às urnas e que se encerra com a eleição presidencial.

O Serviço Eleitoral (Servel) informou que até ás 17h00 do horário local 2.226 candidatos independentes se inscreveram, além de 185 de povos nativos -que almejam 17 assentos reservados- e outros 900 representantes de partidos políticos, superando os 3.300 inscritos.

As inscrições se enceraram à meia-noite de segunda-feira. O Servel anunciará as listas dos candidatos que participarão da eleição dos constituintes em 11 de abril.

"Hoje é um dia muito importante para os eleitores, estamos a 90 dias das eleições que podem ser a mais importantes da história", declarou Patricio Santamaria, presidente do Servel, à rádio Pauta.

A redação da nova Constituição foi definida em plebiscito realizado em 25 de outubro, no qual 79% apoiaram essa opção.

O partido de direita no governo será agrupado em uma única coalizão, mas a oposição de esquerda foi fragmentada em pelo menos cinco listas, além de candidatos independentes sem respaldo político tradicional que precisam coletar 500 assinaturas para oficializar sua indicação.

Esta segunda-feira também é o último dia de inscrição de candidatos às eleições de prefeitos e governadores, que também serão realizadas no dia 11 de abril, junto com a seleção dos constituintes.

Três instâncias em um único evento eleitoral que levará às urnas cerca de 14 milhões de cidadãos qualificados.

O ano se encerrará com as eleições presidenciais de 21 de novembro, sem por enquanto nenhum haver um nome com chances sólidas de suceder o conservador Sebastián Piñera.

As últimas pesquisas colocam como eventuais favoritos para uma disputa o prefeito de direita do bairro exclusivo de Las Condes, em Santiago, Joaquín Lavín, e o da comunidade operária da Recoleta, Daniel Jadue, do Partido Comunista.

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