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Chefe da diplomacia da UE pede apoio a acordos com Mercosul, México e Chile

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Bandeira da União Europeia Imagem: Bandeira da União Europeia

19/01/2021 13h53

O chefe da diplomacia europeia, o espanhol Josep Borrell, pediu nesta terça-feira (19) ao Parlamento Europeu que avance este ano na aprovação e ratificação dos acordos negociados pelo bloco com o Mercosul, México e Chile.

"Este ano temos que avançar com a assinatura e ratificação dos nossos acordos com o México e Chile, bem como o acordo com o Mercosul, que está em negociação há 20 anos", disse Borrell em uma apresentação perante o Legislativo europeu.

Para isso, pediu que o Parlamento "exerça toda a sua pressão" e assuma uma "liderança séria" para que sejam aprovados os entendimentos com o México e o Chile e "busque uma solução" aos obstáculos que bloqueiam a ratificação do ambicioso pacto com o Mercosul.

Esse gigantesco acordo, que cria um mercado de 750 milhões de pessoas, foi formalmente anunciado em junho de 2019, mas sua homologação foi paralisada por falta de mecanismos vinculantes para garantias ambientais, principalmente em relação à Amazônia.

"Sei que este Parlamento já anunciou que nas atuais circunstâncias e da forma como está, o acordo não será ratificado. Procuremos uma solução, uma declaração complementar, um anúncio ou algum mecanismo que possam imaginar", disse Borrell ao legisladores.

"Mas não joguem pela janela 20 anos de esforços e trabalho para voltar ao ponto de partida e dizer aos países latino-americanos que neste momento difícil de sua história não estaremos de acordo com eles", acrescentou.

Sobre o acordo da UE com o México, Borrell afirmou que está "praticamente concluído" e que espera apresentá-lo ao Parlamento "o mais tardar no segundo trimestre deste ano".

Sobre o acordo comercial com o Chile, lembrou que este país "decidiu deixar de lado a Constituição herdada da época de Pinochet e redigir uma nova. Temos que acompanhar o Chile nesse processo e mostrar que são importantes para nós".

Segundo o chefe da diplomacia europeia, "não podemos dizer que queremos envolver a América Latina, trabalhar com eles e ser parceiros, e ao mesmo tempo não aprovar e ratificar estes acordos".