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Invasora do Congresso dos EUA esperava vender computador de Pelosi para a Rússia

Apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio para protestar contra resultado das eleições nos EUA - SHANNON STAPLETON/REUTERS
Apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio para protestar contra resultado das eleições nos EUA Imagem: SHANNON STAPLETON/REUTERS

19/01/2021 08h33

Uma jovem de 22 anos que participou da invasão do Congresso dos Estados Unidos em 6 de janeiro roubou um laptop pertencente à presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, e esperava vendê-lo a uma agência de espionagem russa, segundo denúncia do FBI.

De acordo com acusação consultada pela AFP, Riley June Williams, residente da Pensilvânia, estava entre a multidão que invadiu o Capitólio, sede do Congresso americano.

O jornal Washington Post informou ontem à noite que as autoridades federais haviam anunciado a detenção de Williams, sem fornecer mais detalhes.

Com base em várias fotos e vídeos dos distúrbios no Capitólio, um agente do FBI afirmou que Williams foi vista perto do gabinete de Pelosi, a presidente da Câmara.

Uma testemunha, identificada no documento do tribunal apenas como W1, mas que afirma ser "ex-parceira amorosa de Riley June Williams", diz que ela planejava enviar o laptop a um amigo na Rússia para vendê-lo à agência de inteligência estrangeira SVR.

Essa venda "fracassou por razões desconhecidas e Williams ainda está com o aparelho ou o destruiu", afirmou em declaração sob juramento.

Não ficou claro se um laptop pertencente a Pelosi foi realmente roubado. O FBI disse que continua investigando o assunto.

Uma multidão de apoiadores do presidente Donald Trump, encorajada por ele, marchou até o Capitólio em Washington e o invadiu quando o Congresso estava prestes a certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

Confrontos violentos deixaram cinco mortos, incluindo um policial, e levaram a um segundo julgamento de impeachment de Donald Trump por "incitação à insurreição".

O Congresso permanece fechado antes da posse do democrata Joe Biden como presidente dos Estados Unidos na quarta-feira, um evento que, segundo a polícia, manifestantes de extrema direita ameaçam impedir.