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Bolívia vive momentos 'muito difíceis' com covid-19 e crise econômica, diz presidente

Bolívia vive momentos "muito difíceis" com covid-19 e crise econômica, diz presidente - GETTY IMAGES
Bolívia vive momentos 'muito difíceis' com covid-19 e crise econômica, diz presidente Imagem: GETTY IMAGES

22/01/2021 17h38

A Bolívia vive momentos "muito difíceis" devido à pandemia da covid-19 e à crise econômica, comentou seu presidente, Luis Arce, nesta sexta-feira (22), durante um evento para comemorar os 12 anos da fundação do chamado Estado Plurinacional.

"Sabemos que as famílias bolivianas estão passando por um momento muito difícil por causa da pandemia e da crise econômica. Trabalhamos incansavelmente para superar essas múltiplas crises e agora mais do que nunca precisamos da unidade do povo boliviano", afirmou o presidente de esquerda.

Arce, Ministro da Economia durante a maior parte do governo Evo Morales (2006-2019), destacou que herdou do governo interino da direitista Jeanine Áñez uma difícil situação econômica por causa dos erros de sua gestão, à qual adicionou-se o impacto da covid-19.

"A situação na qual deixaram nossa economia é crítica. No segundo trimestre de 2020, a Bolívia registrou uma queda de mais de 11% do PIB da economia, algo que não vivíamos desde 1953", afirmou.

O presidente, que assumiu o cargo em novembro de 2020, afirmou que ao chegar ao poder teve que tomar medidas contra o tempo para enfrentar a pandemia mundial, que na Bolívia já infectou 196.393 pessoas, deixando 9.818 mortos, em uma população de 11 milhões de habitantes.

A Arce anunciou que garantiu um total de "15 milhões de doses de vacinas" do imunizador russo Sputnik V e da vacina do laboratório britânico AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford para iniciar uma campanha massiva, gratuita e voluntária de imunização para a população maior de 18 anos.

No plano político, o presidente denunciou mais uma vez o suposto "golpe" sofrido pelo esquerdista Evo Morales em 2019, que teria sido dirigido - segundo seus partidários - por setores da direita boliviana, policial e militar, "com o acompanhamento da Organização dos Estados Americanos" para dar lugar ao governo "inconstitucional" da direitista Áñez.

Para o novo presidente, a Bolívia reconquistou a democracia ao chegar ao governo depois de vencer as eleições de outubro com 55% dos votos, e afirmou que está tomando medidas para retomar o crescimento econômico.

Os atos de comemoração do nascimento do Estado Plurinacional começaram cedo com uma cerimônia religiosa aimara nos arredores da casa presidencial, na Plaza de Armas de La Paz.

Em 2010, Evo Morales aprovou um decreto que fixa a celebração do dia 22 de janeiro, coincidindo com a data de sua primeira posse como presidente, em 2006. Foi, no entanto, em 25 de janeiro de 2009 que a nova Constituição foi aprovada em referendo que mudou o nome de "República da Bolívia" para "Estado Plurinacional da Bolívia".