Magnata condenado a 5 anos na Suíça por corrupção na Guiné
Genebra, 22 Jan 2021 (AFP) - Um tribunal de primeira instância suíço condenou, nesta sexta-feira (22), o magnata franco-israelense Beny Steinmetz a cinco anos de prisão por corrupção de funcionários públicos na Guiné para conseguir direitos de exploração de minas.
Após um processo judiciam de sete anos, a Justiça suíça considera comprovado "que as concessões [de mineração] foram obtidas mediante corrupção, e que Steinmetz colaborou com outras pessoas" para consegui-las, declarou a presidente do tribunal correcional de Genebra, Alexandra Banna.
O tribunal condenou Steinmetz, um conhecido magnata do mundo dos diamantes, "a uma pena de privação de liberdade de cinco anos", acrescentou.
O executivo, de 64 anos, deverá igualmente pagar uma indenização de 50 milhões de francos suíços (56 milhões de dólares) ao Estado de Genebra.
É uma "grande injustiça", declarou Beny Steinmetz à imprensa na saída do tribunal.
Seu advogado, Marc Bonnant, anunciou que recorrerá da sentença.
No final dos anos 2000, o governo da Guiné do ex-presidente Lansana Conté, pouco antes de seu falecimento em 2008, privou o grupo anglo-australiano Rio Tinto da exploração de uma das jazidas de ferro mais importantes do mundo, em Simandou, Guiné.
A medida foi tomada em benefício do Beny Steinmetz Group Resources (BSGR). Segundo a Promotoria de Genebra, um "pacto de corrupção" foi estabelecido entre o acusado e seus representantes na Guiné e Lansana Conté e sua quarta esposa, Mamadie Touré.
Os supostos subornos chegariam a cerca de dez milhões de dólares (8,2 milhões de euros), e transitaram por contas suíças entre 2006 e 2012.
Para a ONG Public Eye, que investiga casos de corrupção com origem na Suíça, este caso é toda uma demonstração "das práticas predatórias do setor de mineração".
apo/vog/ial/jz/tjc/aa/mvv
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.