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Presidente mexicano diz que Biden destinará US$ 4 bilhões à América Central

23/01/2021 16h42

México, 23 Jan 2021 (AFP) - O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse neste sábado (23) que seu homólogo americano, Joe Biden, o informou que destinará US$ 4 bilhões em ajuda à Guatemala, El Salvador e Honduras.

López Obrador falou por telefone na tarde da sexta-feira com Biden sobre assuntos da agenda bilateral, principalmente migração, na qual, segundo ele, ambos concordam com a necessidade de promover o desenvolvimento para resolver em profundidade o fenômeno migratório.

"Que o apoio seja entregue diretamente (...) aos habitantes de Honduras, El Salvador e Guatemala. Não creio estar cometendo qualquer indiscrição dizendo que o presidente Biden me disse que vai destinar 4 bilhões de dólares para apoiar esses três países", afirmou López Obrador.

O presidente de esquerda, que falou em discurso público no estado de Nuevo León, na fronteira com os Estados Unidos, defendeu que a migração deve ser voluntária e não forçada pela falta de oportunidades em seus países de origem.

Ele também agradeceu a Biden por se comprometer a buscar a regularização de milhões de migrantes sem documentos, incluindo um número significativo de mexicanos.

Desde 2018, milhares de centro-americanos que fogem da pobreza e da violência em seus países têm viajado pelo México na tentativa de chegar aos Estados Unidos, seja para cruzar irregularmente ou para pedir asilo.

No entanto, em 2020 as caravanas começaram a ser bloqueadas por forças de segurança, tanto no sul do México quanto na Guatemala, como aconteceu dias atrás.

No telefonema, eles também discutiram a necessidade de coordenar esforços para combater a pandemia da covid-19 no mundo.

López Obrador tinha uma relação estreita com o ex-presidente republicano Donald Trump.

O mexicano foi um dos últimos líderes mundiais a parabenizar Biden por sua vitória eleitoral em meio às denúncias de uma suposta fraude iniciada por Trump.

López Obrador destacou no Twitter, após a ligação com Biden, que "tudo indica que as relações serão boas" com o democrata.

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