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Diretor da AstraZeneca lamenta comportamento egoísta de certos países na pandemia

Em Londres

25/01/2021 13h15

O diretor executivo da gigante farmacêutica britânica AstraZeneca, que com a Universidade de Oxford desenvolveu uma vacina contra a covid-19, lamentou hoje a falta de colaboração entre governos no combate ao coronavírus, e denunciou o comportamento egoísta de alguns países.

A conquista das primeiras vacinas da covid-19 poderia ter sido motivo de uma grande celebração, afirmou Pascal Soriot durante um ato virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos.

"Mas infelizmente não foi, porque houve um pouco de um comportamento de 'eu primeiro'", afirmou, considerando também que "em nível global é justo dizer que poderíamos e deveríamos estar melhor preparados".

Soriot não deu exemplos de países concretos, mas assim como nos primeiros meses da pandemia várias nações disputaram o acesso ao material de proteção sanitária, ultimamente há uma corrida no mundo para adquirir as vacinas.

Em sua opinião, agora "as coisas estão mudando e está surgindo uma colaboração internacional" sobre o coronavírus, que já matou mais de dois milhões de pessoas em todo o planeta.

Sobre o futuro, "a primeira coisa a se fazer é investir na prevenção, na detecção e tratamento antecipados", afirmou Soriot.

Ele destacou que entre os países industrializados da OCDE apenas 3% do gasto sanitário é destinado à prevenção. E somente "20% deste 3% é destinado à imunização e à detecção precoce de doenças", lamentou.

"Desse modo, essencialmente, temos que esperar as pessoas adoecerem para tentar solucionar, em vez de detectar a doença antecipadamente e preveni-la", destacou.