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Weinstein Company pagará USD 17 milhões a vítimas de abusos sexuais

26/01/2021 13h37

Nova York, 26 Jan 2021 (AFP) - Uma juíza de falências americana aprovou um pagamento total de 17 milhões de dólares da produtora Weinstein Company a 37 mulheres que acusaram o produtor de cinema Harvey Weinstein de abuso sexual e assédio.

Weinstein, de 68 anos, foi condenado no ano passado a 23 anos de prisão depois de ser considerado culpado de crimes sexuais em primeiro grau e estupro em terceiro grau em fevereiro de 2020, em um julgamento marcante para o movimento #MeToo.

A juíza de Delaware, Mary Walrath, deu luz verde na segunda-feira ao plano de falência da Weinstein Company, que inclui este pagamento.

A magistrada rejeitou as objeções de oito supostas vítimas de Weinstein que não integraram o acordo por considerá-lo insuficiente e porque as impede de prosseguir com outras ações judiciais contra o produtor.

Das outras 37 vítimas que aceitaram o acordo, as que virarem a página e prometerem não abrir mais ações receberão o valor total acordado. Aquelas que aceitarem o acordo, mas não renunciaram a queixas futuras, receberão apenas um quarto.

A sentença de Weinstein a 23 anos de prisão selou a queda do produtor de "Pulp Fiction" e "Shakespeare Apaixonado", acusado de ser um predador sexual por mais de 90 mulheres, incluindo as famosas atrizes Angelina Jolie e Salma Hayek.

A Weinstein Company declarou falência em março de 2018, após receber uma enxurrada de ações judiciais.

Harvey Weinstein, co-fundador dos estúdios Miramax, aguarda outro julgamento em Los Angeles por estupro e abuso sexual contra cinco mulheres, crimes que podem levar a no máximo 140 anos de prisão.

Weinstein nega ter cometido qualquer crime e garante que todas as relações sexuais foram consensuais.

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