Trump pede a republicanos destituição de Mitch McConnell como líder no Senado
Donald Trump pediu ontem que os senadores republicanos removessem Mitch McConnell como líder do partido no Senado após as críticas contundentes do legislador ao ex-presidente dos Estados Unidos ao fim do julgamento de impeachment.
"O Partido Republicano nunca mais será respeitado ou forte com 'líderes' políticos como o senador Mitch McConnell no comando", disse Trump em uma declaração contundente.
O ex-presidente descreveu McConnell pejorativamente como um membro do aparato político tradicional, chamando-o de "severo, taciturno e sério", e alertou que se os senadores republicanos o mantiverem como líder do partido no Senado eles "não ganharão de novo".
O ataque de Trump veio depois que McConnell disse no sábado que, embora tenha votado a favor da absolvição do magnata no julgamento de impeachment por "incitamento à insurreição", o ex-presidente foi "prática e moralmente responsável" pelo ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro.
Em sua mais extensa declaração sobre política desde que deixou a Casa Branca em 20 de janeiro, Trump culpou McConnell pela perda do controle do Senado pelos republicanos e assumiu o crédito pelas realizações do partido na Câmara dos Representantes.
Trump também afirmou ser responsável por McConnell renovar seu mandato de seis anos representando o estado de Kentucky no Senado, onde este influente político de 78 anos ocupa uma cadeira desde 1984, e exerceu grande poder como líder da maioria na Câmara Alta pelos últimos seis anos.
"Meu único arrependimento é que McConnell 'implorou' meu forte apoio e endosso junto ao grande povo de Kentucky na eleição de 2020, e eu dei a ele", disse Trump.
"Sem meu apoio, McConnell teria perdido e perdido muito", continuou Trump.
O ex-presidente ameaçou usar a popularidade que ainda tem entre a base republicana para apoiar qualquer candidato republicano que comparta sua visão política. A próxima votação nacional ocorrerá nas eleições de meio de mandato em novembro de 2022.
"Quando necessário e apropriado, apoiarei os principais rivais que defendem nossa política 'Make America Great Again' (MAGA) e 'America First'", afirmou Trump.
"Este é um grande momento para o nosso país e não podemos deixá-lo passar usando 'líderes' de terceira categoria para ditar nosso futuro", disse ele.
Trump também acusou a esposa de McConnell, a taiwanesa-americana Elaine Chow, que foi secretária de Transporte mas renunciou após o ataque ao Capitólio, um fato que ela chamou de "traumático, totalmente evitável".
Chow foi objeto de uma investigação parlamentar em setembro de 2019, suspeita de ter aproveitado o cargo para promover os interesses de uma empresa que pertence a sua família.
"McConnell não tem credibilidade sobre a China devido aos negócios chineses de sua família", disse o ex-presidente.
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