Guatemala protesta por desigualdade na distribuição de vacinas anticovid
A Guatemala protestou nesta quarta-feira (24) pela concentração de vacinas anticovid por alguns países e lamentou a falta de eficácia do mecanismo Covax, impulsionado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma distribuição equitativa das doses, informou o chanceler Pedro Brolo.
"Desejo expressar nossa preocupação e protesto pela demora na distribuição das vacinas, levando em consideração o esforço que a Guatemala fez para gerenciar o pagamento antecipado mediante este mecanismo", o Covax, disse o ministro em um comunicado.
Este dispositivo, implantado pela OMS e pela Aliança Mundial para as Vacinas e Imunização (GAVI) engloba 190 países, dos quais mais de 90 têm um nível de renda baixo ou médio.
O país centro-americano formulou seu protesto nesta quarta-feira em uma carta enviada ao diretor-executivo da GAVI, Seth Berkley, explicou o chanceler.
O presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, anunciou em 29 de dezembro passado a intenção de comprar diretamente cinco milhões de doses de vacinas anticovid do laboratório americano Moderna e 3,37 milhões do Covax para combater a pandemia.
Segundo as projeções, estava previsto que os primeiros lotes chegassem ao país em meados de fevereiro, mas até o momento não há data concreta.
"A Guatemala acredita no acesso equitativo, universal e ágil, e por isso estimamos que se deve evitar que certos países gerem concentração da vacina", informou o governo na carta de protesto.
"Lamentamos a falta de acesso às vacinas e expresso-lhe a urgência que nosso país tem em recebê-las, visto que foi um compromisso adquirido nesse processo, pelo que é preciso acelerar a entrega deste insumo", acrescentou.
Esta atitude concentração contradiz "os princípios que originaram" a criação do Covax ante a crise sanitária mundial, lamentou o Executivo.
A pandemia do coronavírus deixou até a terça-feira 172.072 contágios e 6.315 mortos, segundo o Ministério da Saúde da Guatemala.
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