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Boeing estudou melhorias para motores do 777 antes do incidente em Denver

25/02/2021 18h01

Nova York, 25 Fev 2021 (AFP) - A Boeing já trabalhava havia dois anos com a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA para reforçar as capas dos motores do 777, antes da aterrissagem de emergência de um voo da United Airlines no sábado em Denver, noticiou o The Wall Street Journal nesta quinta-feira (25).

A informação do jornal de que a empresa vinha trabalhando no reforço das capas protetoras após registrar problemas similares em outros voos surge em meio a uma investigação da Junta Nacional para a Segurança no Transporte sobre o incidente.

O Boeing 777 que protagonizou o incidente acabava de decolar de Denver, no Colorado, com destino a Honolulu, no Havaí, com 231 passageiros e 10 tripulantes a bordo, quando seu motor direito pegou fogo, o que obrigou os pilotos a retornarem imediatamente ao aeroporto.

Ninguém ficou ferido e o avião conseguiu pousar, mas o episódio levantou dúvidas sobre a manutenção das aeronaves.

Na noite de terça-feira, a FAA ordenou a inspeção de todos os motores Pratt & Whitney similares ao que foi danificado.

Os investigadores atribuíram o incidente de Denver à lâmina de uma turbina que se desprendeu pouco depois da decolagem devido à fadiga do metal e que, aparentemente, atravessou a capa do motor.

Tanto a Boeing quanto a FAA evitaram falar dos esforços para modificar o 777. Essas mudanças geralmente exigem uma avaliação e testes importantes.

A Boeing está "em constante comunicação com nossos clientes e com a FAA, e se esforça para introduzir melhoras de segurança e desempenho em toda a frota", disse um porta-voz da fabricante.

"Continuaremos seguindo as orientações da FAA sobre o assunto e todos as questões relacionadas à segurança e ao cumprimento, e seguimos proporcionando atualizações a nossos clientes", acrescentou.

A FAA disse que focou nas inspeções das pás das turbinas em sua ordem mais recente sobre os motores Pratt & Whitney e em uma diretriz anterior após um incidente de 2018 com um 777.

"O redesign dos componentes da fuselagem e do motor é um processo complexo. Uma das prioridades máximas até agora tem sido reduzir o risco de que as lâminas da turbina falhem e possam danificar a capa", afirmou um porta-voz da FAA.

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