Após um mês ocupando um túnel clandestino em Londres, ambientalistas são removidos
Londres, 26 Fev 2021 (AFP) - O último manifestante ambientalista que restava preso em um túnel clandestino escavado em pleno centro de Londres para protestar contra a construção da linha de trem de alta velocidade HS2 foi removido nesta sexta-feira (26) após um mês de ocupação, anunciou a empresa responsável pelo projeto polêmico.
"A HS2 recuperou agora a plena posse dos jardins da Euston Square após remover as nove pessoas que entraram ilegalmente nos túneis subterrâneos" escavados sob eles, informou em nota.
Segundo a agência de notícias britânica PA, o último manifestante foi levado na ambulância, sob os aplausos de uma multidão que gritava "nós te amamos, Bradley".
A multidão viu apena os dedos do ativista, que formavam o sinal da "paz" ou "v" da vitória.
Cerca de dez ambientalistas se trancaram em 26 de janeiro em um longo e estreito túnel escavado junto à estação de Euston, onde as obras da HS2 estão sendo realizadas, para protestar contra a construção desta linha de alta velocidade que deve conectar a capital com o centro e o norte da Inglaterra.
Em fevereiro de 2020, o primeiro-ministro Boris Johnson aprovou o projeto High Speed Two (HS2) apesar de seu custo astronômico, que poderia superar as 100 bilhões de libras (137 bilhões de dólares, 112 bilhões de euros) e da oposição de uma parte da classe política, que pede para investir o dinheiro na modernização das linhas regionais já existentes.
Essa será a segunda linha de alta velocidade em todo o Reino Unido depois da HS1, usada pelo Eurostar que une Londres com a França, Bélgica e Holanda.
Para os críticos da HS2, o projeto destruirá florestas antigas e prejudicará os esforços do país para cumprir seus objetivos climáticos.
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