Governador de Nova York acusado de assédio sexual por segunda mulher
Nova York, 28 Fev 2021 (AFP) - O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, foi acusado por uma segunda ex-funcionária de assédio sexual, o que o político negou ontem.
A ex-assessora de Saúde Charlotte Bennett, de 25 anos, afirmou ao jornal "The New York Times" que o governador a assediou sexualmente no ano passado.
Bennett declarou que Cuomo, 63 anos, fez comentários em junho de 2020 sobre o fato de que estava aberto a ter aventuras com mulheres na casa dos 20 anos e perguntou o que ela pensava sobre a diferença de idade em relacionamentos.
Embora Cuomo nunca tenha tentado tocá-la, Bennett disse ao NYT: "Entendi que o governador queria dormir comigo e me senti terrivelmente desconfortável e assustada".
A ex-assessora disse que conversou sobre o tema com a chefe de gabinete e com um conselheiro jurídico de Cuomo, que a transferiram para outro posto, em outro edifício. Bennett ficou feliz com o novo emprego e decidiu não insistir em uma investigação.
Em um comunicado divulgado ontem, Cuomo afirmou que "jamais fez insinuações à senhora Bennett, nem tive a intenção de agir de forma inadequada".
Ele declarou que desejava apoiar Bennett, que havia contado que era uma sobrevivente de agressão sexual.
O governador, cujo terceiro mandato vai até o fim de 2022, pediu uma "análise completa das acusações", liderada por uma ex-juíza federal.
"Eu peço aos nova-iorquinos que aguardem as conclusões para que conheçam os fatos antes de fazer qualquer julgamento", disse.
Esta é a segunda vez em uma semana que o governador democrata, que comanda Nova York há 10 anos, é acusado de assédio sexual. Na quarta-feira (24), outra ex-conselheira, Lindsey Boylan, afirmou em um blog que Cuomo a assediou quando trabalhava para sua administração, entre 2015 e 2018.
Agora candidata a administrar o distrito de Manhattan, Boylan, de 36 anos, afirmou que o governador a beijou à força na boca, sugeriu que participasse de um jogo de "strip poker" e "avançou para me tocar nas costas, braços e pernas".
Uma porta-voz do governador chamou as acusações de "falsas".
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