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Merck ajudará J&J a produzir vacina anticovid, diz Casa Branca

02/03/2021 16h35

Washington, 2 Mar 2021 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará nesta terça-feira (2) um acordo "histórico" entre a Johnson & Johnson e o laboratório farmacêutico Merck para aumentar a produção da vacina da primeira contra a covid-19, informou a porta-voz da Casa Branca.

O presidente Biden falará esta tarde sobre a crise da saúde e anunciará "um passo histórico e sem precedentes", disse Jen Psaki durante coletiva de imprensa.

"Merck e Johnson & Johnson, normalmente concorrentes, estão se unindo para aumentar a produção de vacinas", acrescentou.

Por enquanto, não foi revelado nenhum detalhe sobre o acordo entre as duas empresas americanas.

Este anúncio poderia aumentar substancialmente o número de doses desta vacina distribuídas rapidamente nos Estados Unidos.

O imunizante da Johnson & Johnson, de dose única e que pode ser armazenado a temperaturas convencionais de um refrigerador, foi liberado para uso emergencial no país no final da semana passada.

Pouco antes, ao referir-se ao ritmo da campanha de vacinação nos Estados Unidos, Biden havia declarado que em março "seriam feitos avanços ainda mais rápidos nas vacinas", sugerindo que, a respeito da autorização para o novo imunizante, haveria novos anúncios.

A Johnson & Johnson prometeu, por enquanto, 100 milhões de doses aos Estados Unidos antes do final de junho. Mas começaram a surgir preocupações sobre sua capacidade de produção.

Cerca de 3,9 milhões de doses já estão sendo distribuídas esta semana, declarou na segunda Jeff Zients, coordenador da equipe encarregada do combate à covid-19 na Casa Branca. Cerca de 16 milhões a mais serão enviadas até o final de março, informou.

Mas as entregas serão "desiguais" durante este período e serão realizadas especialmente na segunda metade do mês, disse.

No final de janeiro, a Merck anunciou que estava interrompendo seus dois projetos de vacinas anticovid, incluindo a que desenvolvia em conjunto com o Instituto Pasteur, na França, por não ter obtido resultados convincentes nos primeiros ensaios.

Um acordo semelhante já foi firmado entre a Sanofi e a aliança Pfizer/BioNTech, pelo qual o laboratório francês produzirá milhões de doses de sua concorrente, dada a atual impossibilidade de comercialização da sua própria.

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