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Hospitais de Paris se preparam para receber mais pacientes graves de covid-19

Com cerca de 12 milhões de habitantes e 973 pacientes da covid em UTI, Paris e subúrbios estão "perto de uma situação de tensão extrema" - Pedro Nunes/Reuters
Com cerca de 12 milhões de habitantes e 973 pacientes da covid em UTI, Paris e subúrbios estão "perto de uma situação de tensão extrema" Imagem: Pedro Nunes/Reuters

08/03/2021 11h51Atualizada em 08/03/2021 12h07

Paris, 8 Mar 2021 (AFP) - A Agência de Saúde (ARS) da região de Paris pediu aos hospitais para suspender parte das operações programadas diante do crescimento de casos graves de covid-19 que ameaça transbordar a capacidade em UTIs, afirmou o diretor-geral da agência, Aurélien Rousseau, nesta segunda-feira (8).

Com cerca de 12 milhões de habitantes e 973 pacientes de coronavírus em UTI, a região de Paris e seus subúrbios estão "perto de uma situação de tensão extrema", declarou Rousseau à AFP, pedindo a anulação de 40% das intervenções médicas e cirúrgicas dos hospitais que não tenham relação com a covid-19.

No ritmo atual, o nível de 1.127 leitos disponíveis estabelecido previamente deve ser superado esta semana.

"Com cerca de 70 ou 80 internações todos os dias" e poucas altas de pacientes de cuidados intensivos, "o ritmo está muito alto", acrescentou Rousseau, consequência "da altíssima incidência dos últimos 15 dias".

O funcionário incluiu os estabelecimentos privados em sua exigência de anular 40% de sua atividade ordinária, aumentando o limite de leitos disponíveis para 1.577.

Esta ordem chega em um momento em que o governo francês busca evitar a todo custo um novo confinamento.

No domingo, foram registrados 21.825 novos casos e 130 mortes, elevando o total para 88.600.

Com os centros de vacinação abertos neste fim de semana, o primeiro-ministro Jean Castex pediu "uma mobilização nacional" para aumentar a porcentagem de vacinados.

Segundo dados do governo, na França - com 67 milhões de habitantes - foram aplicadas 5 milhões e meio de doses das três vacinas que receberam: Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca.

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