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Itália supera os 100.000 mortos por coronavírus

Itália foi um dos primeiros epicentros da doença, um ano atrás - Guglielmo Mangiapane/Reuters
Itália foi um dos primeiros epicentros da doença, um ano atrás Imagem: Guglielmo Mangiapane/Reuters

08/03/2021 14h46

A Itália ultrapassou nesta segunda-feira (8) as 100.000 mortes por coronavírus com 100.103 óbitos, dos quais 318 nas últimas 24 horas, um ano após seu aparecimento na península, anunciou o Ministério da Saúde.

As regiões mais afetadas são a Lombardia (norte), motor econômico do país, com cerca de 30.000 mortos, seguida de Emilia-Romagna (norte, com quase 11.000 mortos), Piemonte e Veneto (ambas no nordeste), com quase 10.000 mortes cada um.

"Nestes dias, a crise de saúde se agravou. Todos devem fazer todo o possível para limitar a propagação do vírus", alertou o ministério.

Em mensagem de vídeo, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, anunciou que "a pandemia não está vencida e que com a aceleração da campanha de vacinação há uma saída não muito longe".

Na semana passada, o grupo de especialistas em saúde do GIMBE relatou um aumento de 33% no número semanal de infecções de 24 de fevereiro a 2 de março, com 123 mil casos, o maior registrado desde dezembro passado.

"Contra esses números, precisamos de medidas mais duras", escreveu o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, no Facebook, no domingo.

No entanto, a introdução de restrições mais rígidas em nível nacional representa mais um golpe para a terceira economia da zona do euro, que já enfrenta uma recessão severa.

De acordo com uma pesquisa publicada neste fim de semana pelo jornal Corriere della Sera, 44% dos italianos são a favor do confinamento, há duas semanas, os favoráveis eram 30%.

No domingo, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, prometeu intensificar a campanha de vacinação, que foi interrompida por atrasos no abastecimento, como aconteceu no resto da Europa.

A Itália estima que terá 50 milhões de doses antes do final de junho, o que permitirá vacinar "pelo menos metade" da população, disse o ministro.

Até agora, 5,4 milhões de doses foram administradas na Itália e apenas 1,65 milhão de pessoas receberam as duas doses necessárias para serem imunizadas.

Restrições mais rígidas para o combate ao coronavírus entraram em vigor nesta segunda-feira na Campânia, região de Nápoles, que se une assim a Basilicata e Molise (sul) na lista das áreas consideradas "vermelhas" (de alto risco), que estão sob controle máximo.

As regiões Friuli-Venezia Giulia e Veneto (norte), que estavam em amarelo (risco moderado), ficaram laranja (risco médio).

Até o momento, 10 regiões foram classificadas como "laranja", seis "amarelas", três "vermelhas" e apenas uma, Sardenha, como "branca", com poucas restrições (uso da máscara e distanciamento social).