'É hora para uma desescalada' em Mianmar, diz embaixador chinês na ONU
Nações Unidas, Estados Unidos, 11 Mar 2021 (AFP) - A China acredita que "é hora para uma desescalada" em Mianmar e para dialogar, disse o embaixador chinês na ONU depois que o Conselho de Segurança aprovou pela primeira vez uma declaração condenando a junta militar birmanesa.
"É hora para diplomacia", afirmou Zhang Jun em um comunicado, dizendo que a China participou de "maneira construtiva" da negociação de seis horas da declaração redigida pelo Reino Unido.
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"É importante que os membros do Conselho falem com uma só voz. Esperamos que a mensagem do Conselho leve a uma situação melhor em Mianmar", declarou.
"A comunidade internacional deve criar um ambiente propício que permita às partes envolvidas em Mianmar resolver suas diferenças em âmbito constitucional e jurídico", disse ele.
Segundo o diplomata, a China apoia os esforços diplomáticos e de mediação da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e da emissária da ONU em Mianmar, Christine Schraner Burgener.
"A China está disposta a se envolver e se comunicar com as partes e desempenhar um papel construtivo para atenuar a situação atual", acrescentou.
Horas antes, o Conselho de Segurança da ONU disse que "condena veementemente a violência contra manifestantes pacíficos" em Mianmar em uma declaração aprovada por unanimidade.
O texto critica fortemente os militares de um modo sem precedentes e urge as partes a "buscarem uma solução pacífica" para a crise causada pelo golpe de 1º de fevereiro contra o governo da presidente Aung San Suu Kyi.
O Conselho de Segurança "se declara profundamente preocupado com as restrições impostas ao pessoal médico, sociedade civil, sindicalistas, jornalistas e profissionais da mídia e pede a libertação imediata de todos os que foram detidos arbitrariamente", indica o pronunciamento redigido pelo Reino Unido.
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