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Grupo armado ADF matou quase 200 pessoas este ano no Congo

Os integrantes das ADF são rebeldes muçulmanos ugandeses instalados no leste da RDC desde 1995 e que se opõem ao regime de Yoweri Museveni -  JOHN WESSELS / AFP
Os integrantes das ADF são rebeldes muçulmanos ugandeses instalados no leste da RDC desde 1995 e que se opõem ao regime de Yoweri Museveni Imagem: JOHN WESSELS / AFP

19/03/2021 10h06Atualizada em 19/03/2021 10h31

Genebra, 19 Mar 2021 (AFP) - O grupo armado ADF matou quase 200 pessoas e obrigou 40.000 a abandonar suas casas no nordeste da República Democrática do Congo (RDC) no decorrer do ano, informou nesta sexta-feira a ONU.

"Desde janeiro de 2021, os ataques atribuídos ao grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF) já mataram quase 200 pessoas, feriram dezenas e provocaram o deslocamento de quase 40.000 pessoas no território de Beni, na província de Kivu do Norte, assim como nas localidades vizinhas da província de Ituri", declarou um porta-voz do Acnur, Babar Baloch, em Genebra.

"Em menos de três meses, o grupo armado ADF teria executado ataques em 25 localidades, incendiado dezenas de casas e sequestrado mais de 70 pessoas. Os números se somam aos 465 congoleses massacrados em ataques atribuídos ao grupo armado ADF em 2020", completou.

Os integrantes das ADF são rebeldes muçulmanos ugandeses instalados no leste da RDC desde 1995 e que se opõem ao regime de Yoweri Museveni.

No dia 11 de março o governo dos Estados Unidos incluiu este grupo entre os "grupos terroristas" vinculados ao grupo Estado Islâmico (EI).

As ADF são acusadas pelas mortes de mais de mil civis desde outubro de 2014 na região de Ben (Kivu do Norte) e seus arredores.