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Pobreza aumenta para 42% na Argentina em 2020

31/03/2021 19h27

Buenos Aires, 31 Mar 2021 (AFP) - A pobreza continua avançando na Argentina, atingindo 42% da população no segundo semestre de 2020, se comparada aos 40,9% no primeiro semestre do mesmo ano, marcado pela pandemia do novo coronavírus, informou o Instituto estadual de Estatística (Indec).

Essa taxa de pobreza, que equivale a 12 milhões de pessoas nos 31 aglomerados urbanos (áreas em que o estudo é realizado), registra-se após três anos de recessão, situação agravada pelo severo confinamento colocado em prática na Argentina para enfrentar a covid-19 em 2020, com forte freio à atividade econômica.

A taxa de indigência foi de 10,5%, a mesma do primeiro semestre.

Na comparação homóloga com o segundo semestre de 2019, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentou 6,5 pontos percentuais e na indigência 2,5 pontos percentuais.

A pobreza afetava 57,7% das crianças de 0 a 14 anos em 2020, se o índice for organizado por grupos segundo a idade.

Outro fator que impacta os números da pobreza é a inflação, de 36,1% em 2020, uma vez que a renda não cresceu na mesma proporção do aumento dos preços, principalmente dos alimentos.

Aqueles com renda inferior a uma cesta básica total (alimentos e serviços essenciais) e os indigentes com uma cesta básica são considerados pobres.

A cesta básica (CBA) para uma família típica (dois adultos e duas crianças) foi de 24.575 pesos (cerca de US$ 250) em fevereiro, com um aumento de 3,6% em relação a janeiro, e a cesta básica total (CBT) chegou a 57.997 pesos (cerca de US$ 600), ou seja, 2,7% a mais que no mês anterior.

Para um adulto solteiro, a CBA custava 7.953 pesos (cerca de US$ 80) e a CBT custava 18.769 pesos (cerca de US$ 190).

O salário mínimo é de 21.600 pesos (cerca de US$ 220), mas nem todo mundo o tem, pois há muito trabalho informal.

A Argentina registrou seu pior índice de pobreza no final de 2002, quando atingiu 58% da população, em meio à pior crise econômica de sua história.

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