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EUA quer reposicionar forças na região do Afeganistão após deixarem o país

20/04/2021 19h40

Washington, 20 Abr 2021 (AFP) - Os Estados Unidos planejam iniciar negociações para reposicionar algumas de suas forças nos territórios vizinhos ao Afeganistão após a retirada do país, indicou nesta terça-feira (20) o comandante militar de Washington para a região.

"Estamos planejando para o futuro continuar as operações de contraterrorismo na região, garantindo que as organizações extremistas violentas que lutam por sua existência dentro do Afeganistão permaneçam sob vigilância e pressão persistentes", disse o chefe do Comando Central, Kenneth McKenzie, em uma audiência no Congresso.

O presidente Joe Biden prometeu retirar a última das tropas norte-americanas do Afeganistão, uma força atualmente composta por cerca de 2.500 soldados, em um prazo de seis meses, para pôr fim à presença dos EUA no país duas décadas após a invasão em função dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Porém, a coalizão liderada pelos EUA no Afeganistão teme que, uma vez que eles se retirem, os grupos extremistas que operam no Afeganistão, como a Al Qaeda e o Estado Islâmico, possam ressurgir de forma que um governo afegão enfraquecido não seria capaz de impedir.

McKenzie afirmou que o Pentágono está estudando suas opções para continuar monitorando e potencialmente atacando esses grupos a partir de países vizinhos.

"Se sair do Afeganistão e quiser voltar para realizar esse tipo de operação, há três coisas que deve fazer: precisa encontrar o alvo, acertar o alvo e ser capaz de finalizar o alvo", disse ele na audiência.

Todos os três exigem forte apoio de inteligência, apontou ele, tornando mais difícil fazê-lo de fora do Afeganistão, mas "não impossível".

McKenzie não citou nenhum dos países considerados. "Vamos olhar para todos os países da região, nossos diplomatas se comunicarão e falaremos sobre os lugares onde podemos basear" os recursos americanos, explicou ele ao Comitê de Serviços Armados da Câmara de Representantes.

"No momento, não temos nenhum desses acordos", acrescentou.

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