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Quase metade dos membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU reprimiu ativistas

05/05/2021 18h29

Genebra, 5 Mai 2021 (AFP) - Quase metade dos países que fazem parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH) retaliou contra ativistas que colaboraram com o órgão, segundo relatório publicado esta semana por uma ONG especializada.

Segundo o International Service for Human Rights (ISHR), especializado na proteção dos defensores de direitos no mundo, no total, 21 dos 47 membros do Conselho são acusados de retaliação nos últimos cinco anos. Entre eles estão Bahrein, Venezuela e China.

O relatório examina centenas de casos, registrados na última década, de pessoas que sofreram represálias e intimidação por ajudar a ONU a descobrir vários abusos. O documento destaca que a maioria dos casos de retaliação corresponde a pessoas que participaram de sessões do Conselho de Direitos Humanos em Genebra (Suíça).

"Os defensores dos direitos humanos são parte integrante do sistema internacional de direitos humanos", disse Madeleine Sinclair, co-diretora do ISHR, em um comunicado, apontando as consequências que podem resultar se eles não puderem compartilhar suas informações "de forma segura".

Dos 709 casos de retaliação listados, Bahrein esteve envolvido em 64 deles durante a década de 2010-2020, seguido por Venezuela, Vietnã, China e Egito.

"É um comportamento inaceitável para membros do órgão máximo da ONU em direitos humanos", criticou Sinclair, que pediu a mudança das regras de eleição dos membros e alertou que os casos detectados são apenas "a ponta do iceberg".

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