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Centenas de detentos estão infectados pela covid em prisões de Bangcoc

Um membro da equipe médica prepara uma dose da vacina CoronaVac em uma clínica de vacinas recém-inaugurada no shopping Central Ladprao, em Bangcoc - Lillian Suwanrumpha/AFP
Um membro da equipe médica prepara uma dose da vacina CoronaVac em uma clínica de vacinas recém-inaugurada no shopping Central Ladprao, em Bangcoc Imagem: Lillian Suwanrumpha/AFP

13/05/2021 07h04Atualizada em 13/05/2021 11h11

Centenas de presos, incluindo vários líderes do movimento pró-democracia na Tailândia, foram infectados com o novo coronavírus em duas das principais prisões de Bangcoc - disseram as autoridades.

Nas últimas semanas, o país vem passando pela pior onda de covid-19 desde o início desta crise sanitária, registrando quase 95 mil casos e 518 mortes.

O porta-voz do centro de tratamento do coronavírus, Taweesin Visanuyothin, relatou hoje que foram detectados 2.835 casos em duas das principais instituições penitenciárias da capital.

Segundo ele, 100% dos detentos foram submetidos a testes de detecção do novo coronavírus.

As autoridades revelaram estes números depois que um dos líderes do movimento pró-democracia soou o alarme. Há quase um ano, este movimento reivindica a renúncia do primeiro-ministro e uma reforma da monarquia.

Panusaya Sithijirawattanakul, conhecido como Rung, anunciou ontem nas redes sociais que tinha testado positivo para covid-19 cinco dias depois de ser sido solto sob fiança no início de maio.

Outro líder, Panupong Jadnok, chamado Mike, também foi infectado, e seu advogado vai solicitar sua liberdade sob fiança.

Em conversa com a AFP, o ativista pró-democracia Somyot Prueksakasemsuk, também solto sob fiança no final de abril, afirmou que não há transparência na gestão da epidemia para a população carcerária.

As autoridades não forneceram dados sobre outras prisões do país.

A Tailândia tem uma das taxas de encarceramento mais altas do mundo, devido a uma rígida legislação antidrogas.