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Francisco reza pelos migrantes, afirmando: 'o Mediterrâneo é o maior cemitério da Europa'

13/06/2021 11h16

Roma, 13 Jun 2021 (AFP) - O papa Francisco alertou neste domingo(13) que o Mediterrâneo se tornou o "maior cemitério da Europa", lembrando os migrantes que morreram na tentativa de chegar ao continente.

Durante a clássica oração do Angelus de domingo, ele destacou uma cerimônia realizada na Sicília para lembrar a tragédia de abril de 2015, quando cerca de 800 migrantes que iam da Líbia para a Itália se afogaram quando seu barco virou.

Este é um "símbolo das muitas tragédias registadas no Mediterrâneo, que continuarão a desafiar a consciência de todos e encorajando o crescimento de uma humanidade mais unida, que derrube o muro da indiferença", afirmou.

"Vamos pensar sobre tudo isso: o Mediterrâneo se tornou o maior cemitério da Europa", ele continuou.

Milhares de pessoas, na esperança de uma vida melhor na Europa, partem todos os anos do Norte da África, na maioria das vezes em barcos superlotados e de baixa qualidade, dirigidos por traficantes de seres humanos.

No sábado, mais de uma dezena de barcos chegaram à pequena ilha italiana de Lampedusa, de acordo com a agência de notícias Ansa, com mais de 1.200 migrantes hospedados em instalações de emergência.

O Mediterrâneo central é uma das rotas de migração mais mortíferas do mundo. É patrulhado por barcos de apoio, em sua maioria ONGs, que se queixam de que as autoridades da UE não estão fazendo o suficiente para apoiar sua causa.

Mais de 500 pessoas morreram nas tentativas de cruzar para a Itália e Malta entre janeiro e meados de maio deste ano, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), uma agência da ONU.

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