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Rainha dos paparazzi é presa na França por caso ligado ao ex-presidente Sarkozy

18/06/2021 21h57

Paris, 19 Jun 2021 (AFP) - Mimi Marchand, a "rainha dos paparazzi" na França, acusada na investigação do suposto financiamento ilegal da campanha presidencial de Nicolas Sarkozy pela Líbia em 2007, foi colocada em prisão preventiva nesta sexta-feira (18), informou à AFP uma fonte próxima ao caso.

"Uma escuta telefônica deixou claro que ela quebrou o controle judicial ao falar com alguém" não autorizado, disse a fonte.

Marchand, chefe da agência de paparazzi BestImage, foi presa por ordem de um juiz após uma audiência na tarde desta sexta, de acordo com a mesma fonte.

A AFP não conseguiu entrar em contato com sua advogada, Caroline Toby.

A empresária, próxima de Sarkozy e sua esposa Carla Bruni e também do presidente Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte, foi acusada em 5 de junho de "suborno de testemunhas" e "associação criminosa para cometer uma fraude em grupo organizado".

O controle judicial que lhe foi imposto a proibia de manter contato com várias pessoas, incluindo o ex-chefe de Estado francês Nicolas Sarkozy, seu advogado Thierry Herzog e o diretor de redação do semanário Journal du Dimanche e da revista Paris Match, Hervé Gattegno.

A investigação foi realizada após uma entrevista concedida em novembro pelo empresário Ziad Takieddine a um jornalista do Paris Match, que viajou ao Líbano com um fotógrafo da BestImage.

Na entrevista, Takieddine retirou as declarações que havia feito contra Sarkozy, após tê-lo acusado durante anos de ter recebido dinheiro para sua campanha presidencial de 2007 do líder líbio Muammar Gaddafi.

Dois meses depois, ao ser questionado pelos juízes de instrução, o homem alegou que suas falas foram "distorcidas" pelo Paris Match, que, disse ele, "pertence a um amigo de Sarkozy".

Outras quatro pessoas suspeitas de terem participado da organização desta polêmica entrevista foram acusadas: o publicitário Arnaud de la Villesbrunne, o empresário Pierre Reynaud e Noël Dubus, já condenado por fraude.

O fotógrafo Sébastien Valiela foi interrogado na terça-feira como um "suspeito livre" na investigação.

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