Topo

Esse conteúdo é antigo

Primeiro-ministro da Suécia perde voto de confiança no Parlamento

Löfven ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 3 de outubro de 2014 - Anders Wiklund/TT News Agency/AFP
Löfven ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 3 de outubro de 2014 Imagem: Anders Wiklund/TT News Agency/AFP

Em Estocolmo

21/06/2021 07h18Atualizada em 21/06/2021 09h06

O primeiro-ministro da Suécia, o social-democrata Stefan Löfven, perdeu hoje a confiança do Parlamento, que votou uma moção de censura pela primeira vez na história política do país.

Com isso, Löfven tem uma semana para apresentar sua renúncia, ou convocar novas eleições.

A moção de censura, que teve origem na semana passada, quando o Partido da Esquerda decidiu retirar o apoio pontual que dava ao governo, recebeu o voto de 181 deputados de um total de 349.

Stefan Löfven ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 3 de outubro de 2014.

Para derrubar o governo, o ex-partido comunista se alinhou com as legendas de direita, o Partido Conservador dos Moderados e os Democratas-Cristãos, assim como com os Democratas da Suécia, de extrema direita.

Após 11 moções de censura fracassadas, Stefan Löfven, que se distinguia por sua capacidade de sobreviver a crises políticas desde sua chegada ao Executivo há quase sete anos, tornou-se o primeiro chefe de governo a ser derrubado em um voto de confiança.

Devido a uma sutileza da Constituição sueca, em caso de eleições antecipadas, elas seriam acrescentadas ao pleito eleitoral previsto para setembro de 2022. Isso significaria duas disputas legislativas em pouco mais de um ano.

Se o primeiro-ministro renunciar, caberá ao presidente do Parlamento abrir negociações com um partido para encontrar um novo chefe de governo. No caso de um novo acordo político, nada impede o retorno de Stefan Löfven, afirmam analistas.