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Colômbia pede que EUA declare Venezuela um país 'promotor do terrorismo'

26/07/2021 15h50

Bogotá, 26 Jul 2021 (AFP) - O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu nesta segunda-feira (26) aos Estados Unidos para declararem a Venezuela como um país "promotor do terrorismo" devido à suposta proteção que oferece aos rebeldes que dispararam contra o helicóptero presidencial em 25 de junho.

"Obviamente, esse consentimento do governo ditatorial da Venezuela merece uma declaração por parte dos Estados Unidos como um país promotor do terrorismo", disse Duque em um evento no qual participou o embaixador dos EUA na Colômbia, Philip Goldberg.

"Essa declaração tem como objetivo não só desvendar essa relação conivente e nociva, mas também que eles possam tomar um caminho: ou continuar promovendo o terrorismo ou entregar o terrorismo às autoridades dos países que estão procurando por eles", acrescentou o presidente.

Duque acusou várias vezes o governo de Nicolás Maduro de fornecer refúgio no território venezuelano a rebeldes dissidentes das FARC e guerrilheiros do ELN.

Segundo a Colômbia, um comando desses grupos com apoio de um ex-militar disparou tiros de fuzil contra um helicóptero no qual Duque viajava pela área de fronteira. Ninguém ficou ferido.

Um ex-militar do exército colombiano e três de seus cúmplices foram detidos pelo ataque à aeronave.

Sem relações diplomáticas desde 2019, ambos os países compartilham uma fronteira de 2.200 quilômetros.

O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, negou as acusações no Twitter e afirmou que "mais uma vez usam a Venezuela para tentar esconder a tragédia" da Colômbia, imersa na "violência e no tráfico de drogas".

Os Estados Unidos consideram como países promotores do terrorismo o Irã, a Coreia do Norte, Síria e, recentemente, voltou a incluir Cuba nessa lista.

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